Percorrer por autor "Cunha, Marina"
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- ItemUma abordagem longitudinal da contribuição do trauma e da vergonha nos sintomas depressivos em adolescentes(Departamento de Investigação & Desenvolvimento, 2018-10-01) Cunha, Marina; Almeida, Rute; Cherpe, Sónia; Simões, Sónia; Marques, MarianaContexto: A revisão da literatura sobre potenciais fatores preditores dos sintomas depressivos em adolescentes tem mostrado que as experiências traumáticas durante a infância, as experiências de vergonha e o género têm um contributo relevante. Objetivo: Pretende-se com o presente estudo observar a variabilidade intraindividual da vergonha, acontecimentos traumáticos e género e testar o poder preditivo destas variáveis a 6 meses na evolução de sintomas depressivos (variável dependente) em adolescentes. Método: A amostra foi constituída por 325 adolescentes, com idades compreendidas entre os 12 e os 18 anos, distribuídos pela zona centro de Portugal e a frequentar o 3.º ciclo do ensino básico e ensino secundário. Foram utilizados o Inventário de Depressão para Crianças, a Escala Breve de vergonha e o Questionário de Trauma na Infância para a avaliação das variáveis referidas. Os resultados longitudinais foram analisados através de uma análise de regressão linear múltipla. Resultados: Verificou-se uma associação positiva entre experiências relatadas como traumáticas e as perceções de vergonha (T1) e os sintomas depressivos (T2, após 6 meses). O modelo de regressão linear múltipla explicou 63% da variância dos sintomas depressivos no T2, podendo contemplar-se que a pertença ao género feminino, a experiência de sentimentos de vergonha e de acontecimentos percebidos como abuso afetivo, abuso sexual e de negligência emocional (variáveis do trauma) permitiram predizer sintomas depressivos na adolescência. Conclusão: Dado que existe alguma evidência do impacto de acontecimentos traumáticos do tipo abuso/negligência durante a infância e de perceções de vergonha, durante a adolescência no desenvolvimento de sintomas depressivos, será pertinente que estas variáveis sejam tidas em conta, quer na avaliação, quer nas intervenções psicoterapêuticas nesta etapa do desenvolvimento humano. Este estudo contribui para salientar o papel de fatores de vulnerabilidade para os sintomas depressivos na adolescência. / Background: The review of the literature on potential predictors of depressive symptoms has shown that traumatic experiences during childhood, experiences of shame, and gender have a relevant contribution. Aim: This study aimed to observe the intra-individual variability of shame, traumatic events, and gender and to test the predictive power of these variables in the evolution of depressive symptoms (dependent variable) at six months, in adolescents. Method: The sample consisted of 325 adolescents, aged between 12 and 18 years old, distributed in the center of Portugal and attending the secondary/high school. The Children's Depression Inventory, the Brief Scale of Shame, and the Childhood Trauma Questionnaire were used to assess the listed variables. Longitudinal results were analyzed by multiple linear regression analysis. Results: There was a positive association between experiences reported as traumatic and perceptions of shame (T1) and depressive symptoms (T2, after six months). The multiple linear regression model explained 63% of the depressive symptoms’ variance at T2, and belonging to the female gender, the experience of shame and perceived events of emotional and sexual abuse, as emotional neglect (variables of the trauma) seems to predict depressive symptoms in adolescence. Conclusions: Given that there is some evidence of the impact of traumatic events of childhood abuse/neglect, and perceptions of shame during adolescence on the evolution of depressive symptoms, it is relevant that these variables are considered in the assessment and in the psychotherapeutic interventions at this stage of human development. This study contributes to highlight the role of vulnerability factors for the depressive symptoms in adolescence.
- ItemAjustamento Mental ao Cancro do Pulmão: o papel da autocompaixão e do suporte social(Departamento de Investigação & Desenvolvimento, 2016-01) Batista, Rute; Cunha, Marina; Galhardo, Ana; Couto, MargaridaObjetivo: É bem conhecido o impacto que o diagnóstico de uma doença oncológica tem ao nível do ajustamento psicológico em doentes com cancro do pulmão. Por outro lado sabe-se que a sintomatologia depressiva pode, também, sobrepor-se aos sintomas físicos do cancro e tratamento oncológico, o que dificulta a sua deteção e adequada abordagem terapêutica. O presente trabalho pretende explorar em que medida a autocompaixão e o suporte social são preditores do ajustamento mental e estados afetivos negativos em doentes com cancro do pulmão. Método: A amostra é constituída por 55 indivíduos (38 homens e 17 mulheres) diagnosticados com cancro do pulmão e com idades compreendidas entre os 44 e os 87 anos. Como instrumentos de medida foram utilizadas a Escala de Ajustamento Mental ao Cancro (MiniMac), a Escala de Autocompaixão (SELFCS), a Escala de Satisfação com o Suporte Social (ESSS) e a Escala de Ansiedade, Depressão e Stress (EADS-21). Resultados: Foram encontradas correlações significativas entre o ajustamento mental, a psicopatologia e as estratégias de regulação emocional (autocompaixão) e suporte social. Os modelos preditores do ajustamento mental e da sintomatologia associada ao stress incluem dimensões da autocompaixão e o suporte social como variáveis preditoras significativas. Já em relação ao modelo preditor da sintomatologia depressiva, o mindfulness parece ser a única variável com um contributo relevante. Conclusões: Estes resultados têm implicações práticas, sugerindo que estes doentes podem no seu programa terapêutico beneficiar do desenvolvimento deste tipo de estratégias (novas formas de se relacionarem com as suas experiências emocionais e qualidade das suas redes sociais) no sentido de promover um melhor ajustamento mental à sua condição. / Introduction: The impact of the diagnosis of an oncologic disease is well-known in terms of psychological adjustment and quality of life. On the other hand it is known that depressive symptoms may also overlap the physical symptoms of cancer and cancer treatment, which may interfere in their detection and appropriate treatment approach. Objectives: The aim of the current study was to explore the relationship between psychological adjustment to lung cancer, self-compassion, social support and emotional negative states in patients with lung cancer. Method: Fifty-five patients diagnosed with lung cancer (38 men and 17 women) with ages ranging from 44 to 87 years old participated in the study. A set of self-report instruments was used: the Mini Mental Adjustment to Cancer Scale (MiniMac), the Self-compassion Scale (SCS; Neff, 2003), the Social Support Satisfaction Scale (SSSS) and the Depression, Anxiety and Stress Scale (DASS-21). Results: Significant correlations were found between psychological adjustment, psychopathology, emotion regulation strategies (self-compassion), and social support. The predictive models for psychological adjustment and stress related symptomatology include self-compassion and social support as significant predictive variables. Regarding the predictive model for depressive symptomatology, mindfulness seems to be the only significant predictor. Conclusions: Our findings suggest that these patients may benefit, in their therapeutic approach, from the development of this kind of strategies (new ways of relating themselves with their emotional experiences and quality of their social networks) in order to promote a better psychological adjustment to their clinical condition.
- ItemAjustamento Mental ao Cancro do Pulmão: o papel da autocompaixão e do suporte social(Departamento de Investigação & Desenvolvimento, 2016-02-29) Batista, Rute; Cunha, Marina; Galhardo, Ana; Couto, MargaridaObjetivo: É bem conhecido o impacto que o diagnóstico de uma doença oncológica tem ao nível do ajustamento psicológico em doentes com cancro do pulmão. Por outro lado sabe-se que a sintomatologia depressiva pode, também, sobrepor-se aos sintomas físicos do cancro e tratamento oncológico, o que dificulta a sua deteção e adequada abordagem terapêutica. O presente trabalho pretende explorar em que medida a autocompaixão e o suporte social são preditores do ajustamento mental e estados afetivos negativos em doentes com cancro do pulmão. Método: A amostra é constituída por 55 indivíduos (38 homens e 17 mulheres) diagnosticados com cancro do pulmão e com idades compreendidas entre os 44 e os 87 anos. Como instrumentos de medida foram utilizadas a Escala de Ajustamento Mental ao Cancro (MiniMac), a Escala de Autocompaixão (SELFCS), a Escala de Satisfação com o Suporte Social (ESSS) e a Escala de Ansiedade, Depressão e Stress (EADS-21). Resultados: Foram encontradas correlações significativas entre o ajustamento mental, a psicopatologia e as estratégias de regulação emocional (autocompaixão) e suporte social. Os modelos preditores do ajustamento mental e da sintomatologia associada ao stress incluem dimensões da autocompaixão e o suporte social como variáveis preditoras significativas. Já em relação ao modelo preditor da sintomatologia depressiva, o mindfulness parece ser a única variável com um contributo relevante. Conclusões: Estes resultados têm implicações práticas, sugerindo que estes doentes podem no seu programa terapêutico beneficiar do desenvolvimento deste tipo de estratégias (novas formas de se relacionarem com as suas experiências emocionais e qualidade das suas redes sociais) no sentido de promover um melhor ajustamento mental à sua condição.
- ItemAssessing Psychological Flexibility in Adolescents: validation of PsyFlex-A(Departamento de Investigação & Desenvolvimento do Instituto Superior Miguel Torga, 2023-03-02) Soares, Renata; Cunha, Marina; Massano-Cardoso, Ilda; Galhardo, AnaObjetivo: Adaptar e validar a Psy-Flex para a população de adolescentes (PsyFlex-A). Pretendeu-se analisar a estrutura fatorial da escala, a invariância do modelo entre os géneros, a fidedignidade e a sua associação com variáveis sociodemográficas e outras de interesse. Método: A amostra incluiu 309 adolescentes, com idades compreendidas entre os 12 e os 18 anos (M = 14,91) e uma média de 9,56 anos de escolaridade. Os participantes preencheram um protocolo formado pela PsyFlex-A e um conjunto de medidas de autorresposta que avaliaram as competências de mindfulness (CAMM), fusão cognitiva e evitamento experiencial (AFQ-Y8), estados afetivos negativos (DASS-21) e a perceção da qualidade de vida e bem-estar (KidScreen-10). Uma subamostra constituída por 45 participantes completou a PsyFlex-A quatro semanas após a primeira administração para efeitos da análise da fidedignidade temporal. Foi realizada uma Análise Fatorial Confirmatória (AFC) para testar a estrutura da escala e uma análise multigrupo para avaliar a invariância do modelo entre o sexo masculino e feminino. Testes de confiabilidade e outras validades foram também analisados. Resultados: A PsyFlex-A apresentou uma estrutura de um factor e uma invariância do modelo entre os sexos, sugerindo que os resultados são comparáveis entre rapazes e raparigas. Revelou uma consistência interna e uma fidedignidade teste-reteste adequadas. Mostrou associações positivas com as competências de mindfulness e qualidade de vida e uma associação negativa com a fusão cognitiva/evitamento experiencial e estados afetivos negativos. Foram encontradas diferenças significativas de género, obtendo os rapazes valores mais elevados de flexibilidade psicológica que as raparigas. Conclusão: A PsyFlex-A mostrou ser um instrumento válido e fidedigno para avaliar as competências de flexibilidade psicológica em adolescentes na população portuguesa. De realçar o seu contributo em contexto educativo e clínico, enquanto instrumento de rastreio. / Objective: To adapt and validate the Psy-Flex for the adolescent population (PsyFlex-A). The aim was to analyse the PsyFlex-A factor structure, reliability, the model's invariance between genders, and associations between the PsyFlex-A, sociodemographic variables, and other variables of interest. Method: The sample included 309 adolescents between 12 to 18 years old (M= 14.91) and a mean of 9.56 years of education. The participants completed a protocol comprising the PsyFlex-A and a set of other self-report measures assessing mindfulness skills (CAMM), cognitive fusion and experiential avoidance (AFQ-Y8), psychopathological symptoms (DASS-21), and the perceived quality of life and well-being (KidScreen-10). A subsample of 45 participants completed the PsyFlex-A four weeks after the first administration to conduct a test-retest reliability analysis. Confirmatory factor analyses (CFA) were used to assess the scale's structure. A multi-group CFA was conducted to determine the measurement invariance across genders. Reliability and validity were also analysed. Results: The PsyFlex-A presented a single-factor structure and model invariance between genders, suggesting that the results are comparable between males and females. Moreover, it revealed adequate internal consistency and test-retest reliability. It showed positive associations with mindfulness skills and quality of life and negative associations with cognitive fusion/experiential avoidance and psychopathological symptoms. Finally, significant gender differences were found, with boys revealing higher values of psychological flexibility than girls. Conclusion: The PsyFlex-A proved to be a valid and reliable instrument for assessing Portuguese adolescents' psychological flexibility skills. The PsyFlex-A may be used as a screening instrument in educational and clinical settings.
- ItemAssessing psychological inflexibility in infertility: the development and validation study of the Psychological Inflexibility Scale – Infertility (PIS-I)(Elsevier, 2020-09-19) Galhardo, Ana; Cunha, Marina; Monteiro, Bárbara; Pinto-Gouveia, JoséFacing an infertility diagnosis and the demands of infertility medical treatment has been widely recognized as a psychologically distressing condition and psychological inflexibility may be a relevant construct to better understand mental health in this population. In this context, the current study aimed to develop a new self-report measure, the Psychological Inflexibility Scale – Infertility (PIS–I), and examine its factor structure and psychometric properties. Based on the Acceptance and Commitment Therapy (ACT) conceptual framework, literature review and clinical expertise in the infertility domain, an initial pool of 18 items was developed. An online survey was conducted with 287 women presenting an infertility diagnosis. Exploratory Factor Analysis revealed that a refined version of the PIS-I, encompassing 16 items, presented a single-component structure accounting for 58.92% of the variance. Psychometric analyses showed an excellent internal consistency and support for the PIS-I convergent, concurrent, and incremental validities was found. Overall, the PIS-I showed to be a context-specific reliable and valid measure of psychological inflexibility for people dealing with infertility, being useful for clinical and research purposes.
- ItemAtitudes face à doação de gâmetas e gestação de substituição(Departamento de Investigação & Desenvolvimento, 2019-03-01) Carolino, Nair; Galhardo, Ana; Cunha, MarinaObjetivo: A parentalidade constitui-se como um desejo comum a muitos indivíduos, mas em alguns casos a sua concretização implica o recurso a técnicas de reprodução medicamente assistida, como a doação de gâmetas ou a gestação de substituição. Em virtude da escassez de estudos sobre atitudes face à doação/receção de gâmetas e gestação de substituição, este estudo pretendeu explorar as atitudes de indivíduos em idade reprodutiva relativamente a estas técnicas. Métodos: Participaram 551 sujeitos com idades entre os 18 e os 40 anos, recrutados através de amostragem por bola de neve. Foi solicitado o preenchimento de um questionário desenvolvido especificamente para o estudo, disponibilizado numa plataforma online, que avaliou o posicionamento dos sujeitos face à doação/receção de gâmetas e gestação de substituição. Resultados: A maioria dos participantes revelou uma atitude positiva perante a doação/receção de gâmetas. No caso da doação a principal motivação indicada foi a de ajudar um casal que não pode ter filhos. Relativamente à receção de gâmetas, os dados sugerem tratar-se de uma circunstância bem aceite pelos participantes. Já no que se refere à gestação de substituição, ainda que exista um posicionamento favorável à sua legalização, nem todos os participantes considerariam essa possibilidade, ainda que aqueles que a equacionariam refiram que se sentiriam felizes por concretizar o sonho de se tornar mãe/pai. Conclusões: Na globalidade, a receção/doação de gâmetas é vista de um modo favorável. Aspetos como realizar o desejo de parentalidade e poder cuidar de uma criança desde o seu nascimento são relevantes, sugerindo uma menor valorização da componente genética. Por sua vez a doação de gâmetas parece relacionar-se com motivações altruístas, podendo ser potenciada com a existência de aconselhamento. A complexidade da gestação de substituição poderá contribuir para a existência de uma menor abertura, ainda que os sujeitos estejam de acordo com a sua legalização em Portugal. / Aims: Parenting is a common desire for many individuals, although for some becoming a parent implies the use of assisted reproductive technologies, such as gamete donation or gestational surrogacy. Given the paucity of studies addressing attitudes towards gamete donation/reception and gestational surrogacy, the current study aimed to explore the attitudes of individuals of reproductive age concerning these techniques. Methods: The study was conducted in a sample of 551 subjects, aged between 18 and 40 years old. Participants were recruited through a snow ball sampling and completed an online questionnaire specifically developed for the study. The questionnaire encompassed a set of questions related the subjects' positioning towards gamete donation/reception and gestational surrogacy. Results: The majority of participants revealed a positive attitude towards the gamete donation/reception. The primary motivation for gamete donation was to help a couple who cannot have children. Concerning gamete reception, data suggest that this is a well-accepted circumstance by the participants. Regarding gestational surrogacy, although there is an approving position to its legalization, not all the participants would consider this possibility. Those who would consider it stated that they would feel happy to accomplish the dream of becoming a mother/father. Conclusions: Overall, gamete reception/donation is well accepted. Aspects such as achieve parenthood and being able to care for a child from birth are relevant, suggesting the genetic component to be less important. In turn, gamete donation seems to be related to altruistic motivations, and can be enhanced by the existence of counselling. The gestational surrogacy complexity may contribute to less openness, even if the subjects agree with its legalization in Portugal.
- ItemAtitudes Face à Doação de Gâmetas e Gestação de Substituição(Departamento de Investigação & Desenvolvimento, 2019-02-28) Carolino, Nair; Galhardo, Ana; Cunha, MarinaObjetivo: A parentalidade constitui-se como um desejo comum a muitos indivíduos, mas em alguns casos a sua concretização implica o recurso a técnicas de reprodução medicamente assistida, como a doação de gâmetas ou a gestação de substituição. Em virtude da escassez de estudos sobre atitudes face à doação/receção de gâmetas e gestação de substituição, este estudo pretendeu explorar as atitudes de indivíduos em idade reprodutiva relativamente a estas técnicas. Método: Participaram 551 sujeitos com idades entre os 18 e os 40 anos, recrutados através de amostragem por bola de neve. Foi solicitado o preenchimento de um questionário desenvolvido especificamente para o estudo, disponibilizado numa plataforma online, que avaliou o posicionamento dos sujeitos face à doação/receção de gâmetas e gestação de substituição. Resultados: A maioria dos participantes revelou uma atitude positiva perante a doação/receção de gâmetas. No caso da doação a principal motivação indicada foi a de ajudar um casal que não pode ter filhos. Relativamente à receção de gâmetas, os dados sugerem tratar-se de uma circunstância bem aceite pelos participantes. No que se refere à gestação de substituição, ainda que exista um posicionamento favorável à sua legalização, nem todos os participantes considerariam essa possibilidade, ainda que aqueles que a equacionariam refiram que se sentiriam felizes por concretizar o sonho de se tornar mãe/pai. Conclusões: Na globalidade, a receção/doação de gâmetas é vista de um modo favorável. Aspetos como realizar o desejo de parentalidade e poder cuidar de uma criança desde o seu nascimento são relevantes, sugerindo uma menor valorização da componente genética. Por sua vez a doação de gâmetas parece relacionar-se com motivações altruístas, podendo ser potenciada com a existência de aconselhamento. A complexidade da gestação de substituição poderá contribuir para a existência de uma menor abertura, ainda que os sujeitos estejam de acordo com a sua legalização em Portugal.
- ItemAutocompaixão, Bem-estar Subjetivo e Estado de Saúde na Idade Avançada(Departamento de Investigação & Desenvolvimento, 2018-02-28) Parente, Liliana; Cunha, Marina; Galhardo, Ana; Couto, MargaridaIntrodução: O aumento da população envelhecida constitui um avanço na sociedade, mas também um grande desafio, impondo a necessidade de ações que promovam um envelhecimento bem-sucedido. Objetivos: Analisar de que forma a autocompaixão, satisfação com a vida, afetos, estado de saúde físico e mental se encontram associados na idade avançada, controlando o efeito do sexo, idade, escolaridade, local de residência e tipo de resposta social dos participantes. Explorar qual o conjunto de variáveis que melhor prediz a satisfação com a vida e o estado de saúde nos idosos. Método: 155 indivíduos, entre os 65 e 94 anos, dos distritos de Coimbra e Leiria responderam a um conjunto de instrumentos em formato de entrevista. Resultados: Idade, escolaridade e local de residência apresentam correlação significativa com a saúde física e mental, e afeto positivo. O tipo de resposta social dos idosos associou-se a quase todas as variáveis em estudo. Globalmente, os idosos que se encontram no seu domicílio apresentam maior satisfação com a vida, melhor saúde física e mental, mais traços compassivos, e mais afeto positivo, comparativamente aos que se encontram sob resposta social. Foram encontradas associações significativas entre a autocompaixão, bem-estar subjetivo e estado de saúde. A perceção da saúde física associa-se a maior satisfação com a vida e menor idade do idoso; a perceção da saúde mental associa-se ao aumento da satisfação com a vida, autocompaixão e diminuição dos afetos negativos; e a satisfação com a vida associa-se a uma superior saúde física e autocompaixão. Conclusões: Estes resultados sugerem a importância do desenvolvimento de estratégias psicológicas que permitam lidar de forma mais calorosa, tolerante e aceitante o sofrimento resultante dos momentos difíceis típicos da idade avançada, apoiando o possível benefício das terapias focadas na compaixão junto desta população específica, nomeadamente na promoção da satisfação com a vida e saúde mental.
- ItemAvaliação da (In)flexibilidade Psicológica na População Portuguesa: validação da versão breve do Multidimensional Psychological Flexibility Inventory(MPFI-24)(Departamento de Investigação & Desenvolvimento do Instituto Superior Miguel Torga, 2023-03-16) Pereira, Carina; Cunha, Marina; Massano-Cardoso, Ilda; Galhardo, AnaObjetivo: Tradução e validação da versão breve do Inventário de Flexibilidade Psicológica Multidimensional (MPFI-24) para a população portuguesa. Métodos: A amostra foi constituída por 650 participantes, com idades entre os 18 e os 74 anos. Os participantes preencheram um protocolo online composto por um questionário sociodemográfico, o Multidimensional Psychological Flexibility Inventory-24 (MPFI-24), a Psy-Flex, o Patient Health Questionnaire-4 (PHQ-4) e o Mental Health Continuum-Short Form (MHC-SF). Resultados: A análise fatorial confirmatória do MPFI-24 mostrou a plausabilidade do modelo de dois fatores de ordem superior com seis fatores de primeira ordem de Flexibilidade Psicológica (FP) e seis fatores de primeira ordem de Inflexibilidade Psicológica (IP). O MPFI-24 mostrou uma adequada fidedignidade, com valores alfa superiores a 0,70 nos índices globais e em todos os fatores. Revelou ainda uma boa estabilidade temporal. A FP mostrou uma associação positiva com a flexibilidade psicológica, avaliada pela Psy-Flex e com a perceção de saúde mental (MHC-SF) e uma associação negativa com estados emocionais negativos (PHQ-4). A IP revelou o padrão oposto, sendo todas as correlações moderadas e significativas. A idade mostrou uma associação positiva com a FP e negativa com a IP. Não foram encontradas diferenças de género para os dois indicadores globais. Conclusões: O MPFI-24 demonstrou ser um inventário válido e fidedigno para avaliar a FP e IP em adultos da população portuguesa. Este instrumento pode ser utilizado em contexto clínico e de investigação, sendo um contributo relevante na avaliação de intervenções que visam aumentar a flexibilidade psicológica. / Objective: Translation and validation of the brief version of the Multidimensional Psychological Flexibility Inventory (MPFI-24) for the Portuguese population. Methods: The sample consisted of 650 participants aged between 18 and 74 years. Participants completed an online protocol consisting of a sociodemographic questionnaire, the Multidimensional Psychological Flexibility Inventory-24(MPFI-24), the Psy-Flex, the Patient Health Questionnaire-4 (PHQ-4), and the Mental Health Continuum-Short Form (MHC-SF). Results: Confirmatory factor analysis of the MPFI-24 showed the plausibility of the two-factor higher-order model with six first-order Psychological Flexibility (PF) factors and six first-order Psychological Inflexibility (PI)factors. The MPFI-24 showed adequate reliability, with alpha values greater than .70 on the overall indices and on all factors. It also showed good temporal stability. The PF showed a positive association with psychological flexibility, as assessed by Psy-Flex, and with the perception of mental health (MHC-SF) and a negative association with negative emotional states (PHQ-4). PI revealed the opposite pattern, with all correlations being moderate and significant. Age showed a positive association with FP and a negative association with PI. No gender differences were found for the two global indicators. Conclusions: The MPFI-24 proved to be a valid and reliable inventory to assess PF and PI in adults from the Portuguese population. This instrument can be used in clinical and research contexts and can be a relevant contribution to the design of interventions aimed at increasing psychological flexibility.
- ItemChild and Adolescent Mindfulness Measure (CAMM): estudo das características psicométricas da versão portuguesa(Curso de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2013) Cunha, Marina; Galhardo, Ana; Pinto-Gouveia, JoséO presente trabalho tem como objetivo apresentar a versão portuguesa da Child and Adolescent Mindfulness Measure (CAMM) e o estudo da sua estrutura fatorial e características psicométricas numa amostra de 410 adolescentes com uma média de idades de 15,18 anos. Este estudo permitiu concluir que a CAMM constitui um instrumento de auto resposta que revela uma estrutura unidimensional, uma adequada consistência interna (α = 0,80; FC = 0,85) e fidedignidade teste-reteste (r = 0,46). Apresentou ainda correlações negativas com medidas de depressão, ansiedade, inflexibilidade psicológica e correlações positivas com uma medida de comparação social. O valor destas correlações, apesar de diminuir, manteve-se significativo quando controlado o efeito da inflexibilidade psicológica (processo associado ao mindfulness). Na generalidade, a CAMM é uma medida válida e fidedigna para avaliação de competências de mindfulness em crianças e adolescentes. / The aim of this study is to present the Portuguese version of the Child and Adolescent Mindfulness Measure (CAMM) and examine its factorial structure and psychometric properties in a sample of 410 adolescents with mean age of 15.18 years. Results show that the CAMM is a single-factor self-report measure, presenting an adequate internal consistency (α = .80; CR = .85) and test-retest reliability (r = .46). Negative correlations were found with measures of depression, anxiety and psychological inflexibility. On the other hand, positive correlations were found with measures of social comparison. Even when psychological inflexibility effects (process associated with mindfulness) were controlled, the correlations were still significant. Overall, findings suggest that the CAMM is a reliable and valid measure for the assessment of mindfulness skills in children and adolescents.
- ItemCorrelatos psicológicos de cuidadores formais de pessoas com deficiência mental: amostra portuguesa(Departamento de Investigação & Desenvolvimento do Instituto Superior Miguel Torga, 2015-02) Martins, Luís; Cunha, Marina; Guerreiro, Daniela; Marques, MarianaObjetivos: O trabalho diário com pessoas portadoras de deficiência mental é extremamente exigente do ponto de vista físico e psicológico. Este estudo pretende caraterizar trabalhadores diversos de instituições que prestam cuidados a pessoas com deficiência mental quanto à sua vulnerabilidade ao stress, tipo de personalidade, estratégias de coping e sintomas psicopatológicos e explorar associações entre essas variáveis e algumas variáveis sociodemográficas/profissionais. Métodos: 68 trabalhadores de instituições que recebem pessoas com deficiência mental, entre os 19 e os 62 anos (M = 36,28; DP = 11,65), responderam a um questionário sociodemográfico, ao 23-Questionário de Vulnerabilidade ao Stress (23-QVS), ao Inventário de Personalidade de Eysenck-12 (IPE-12), ao Brief-Cope e ao Brief Symptoms Inventory (BSI). Resultados: Nesta amostra de trabalhadores, níveis maiores de vulnerabilidade ao stresse associaram-se a níveis mais elevados de neuroticismo e de sintomatologia psicopatológica. As mulheres apresentaram maiores níveis de somatização, os profissionais mais novos e com menor grau de escolaridade mostraram ser mais vulneráveis ao stresse. O excesso de horas de trabalho associou-se à vulnerabilidade ao stresse e à sintomatologia psicopatológica. Conclusões: Este estudo confirma que os trabalhadores de instituições que recebem pessoas com deficiência mental apresentam níveis elevados de vulnerabilidade ao stresse e risco de sofrer de sintomatologia psicopatológica. É urgente implementar medidas de intervenção (preventivas ou terapêuticas) no sentido de aliviar o stresse destes cuidadores, melhorando a sua saúde mental. Parece que os trabalhadores com níveis mais elevados de neuroticismo poderão beneficiar mais destas intervenções. / Aims: Daily work with people with mental disabilities is extremely demanding, both physically and psychologically. This study aims to characterize different workers of institutions that deliver care to people with intellectual disabilities regarding their stress vulnerability, personality type, coping strategies and psychopathological symptoms and explore associations between these variables and some sociodemographic and professionals variables. Methods: 68 professionals from institutions that work with people with mental disabilities, aged between 19 to 62 years (M = 36,3, SD = 11,65), answered a sociodemographic questionnaire, the 23-Stress Vulnerability Questionnaire (23-QVS), the Eysenck Personality Inventory-12 (EPI-12), the Brief Cope, and the Brief Symptoms Inventory (BSI). Results: In this sample of workers, higher levels of stress vulnerability were associated with higher levels of neuroticism and of psychopathological symptoms. Women presented higher levels of somatization, younger professionals and with less education were more vulnerable to stress. Work overload was associated to stress vulnerability and to psychopathological symptoms. Conclusions: This study confirms that workers of institutions that receive people with intellectual disabilities present higher levels of stress vulnerability and higher risk of developing psychopathological symptoms. It is urgent to implement intervention measures (preventive and/or therapeutic) to relieve these professionals stress, improving their mental health. It seems that workers with higher levels of neuroticism might benefit more from these interventions.
- ItemDesenvolvimento de uma versão exploratória do Questionário de Atitudes em Relação à População em Situação de Sem-Abrigo: Estudo da estrutura fatorial e características psicométricas(Departamento de Investigação & Desenvolvimento do Instituto Superior Miguel Torga, 2021-05) Cardoso, Andreia; Galhardo, Ana; Massano-Cardoso, Ilda; Cunha, MarinaObjetivo: Face à escassez de medidas breves que contemplem as três componentes atitudinais (cognitiva, comportamental e emocional) em relação à população em situação de sem-abrigo, o presente estudo teve como objetivo nuclear o desenvolvimento e estudo da versão exploratória de um questionário de atitudes relativamente a esta população. Métodos: A amostra foi constituída por 361 participantes da população geral. Os participantes responderam online a um conjunto de instrumentos de autorresposta, incluindo o Questionário de Atitudes em Relação à População em Situação de Sem-Abrigo (QARPSSA). Resultados: Após a análise fatorial exploratória do QARPSSA, foram excluídos 15 itens, o que resultou numa versão final de 17 itens. O modelo de análise fatorial confirmatória demonstrou uma boa qualidade de ajustamento: CFI= 0,90; GFI= 0,92; RMSEA= 0,07e MECVI= 1,02. Apenas o índice de ajustamento do qui-quadrado normalizado apresentou um valor sofrível (2 /gl= 2,51). A variância extraída média foi de 0,49, valor superior ao quadrado das correlações dos fatores que variou entre 0,002 e 0,25, sendo sugestivo de validade discriminante. A análise da fidedignidade, através do cálculo do alfa de Cronbach, revelou um valor de 0,77 e através do cálculo da fiabilidade compósita de 0,91.Conclusões: Esta versão exploratória do QARPSSA revelou ser válida e fidedigna para a avaliação das atitudes em relação à população em situação de sem-abrigo, podendo ser usada em vários contextos.
- ItemDesenvolvimento do Questionário de Motivações para Revelar/Não Revelar a Parentalidade Não-Genética por Doação de Gâmetas(Departamento de Investigação & Desenvolvimento, 2017-02-28) Marques, Cristiana; Galhardo, Ana; Cunha, Marina; Couto, MargaridaIntrodução: A parentalidade constitui um objetivo muito valorizado socialmente, no entanto, para casais com infertilidade este pode implicar a realização de tratamentos de médicos, alguns deles com recurso a gâmetas de dador. Para estes últimos, surge uma preocupação adicional: revelar à criança a origem da sua conceção ou manter segredo. Ainda que as motivações que influenciam este processo de decisão tenham sido alvo de estudo, em Portugal a investigação é escassa. Objetivos: Pretendeu desenvolver-se o Questionário de Motivações para Revelar/Não Revelar a Parentalidade não Genética por Doação de Gâmetas (QMRDG), o qual se destina a avaliar as principais motivações que influenciam o processo de tomada de decisão dos pais que recorrem a gâmetas de dador relativamente a contar ou não contar ao/à seu/sua filho/a a origem da sua conceção. Método: Estudo exploratório conduzido numa amostra de 21 participantes, com idades entre os 30 e os 49 anos, que realizaram tratamento de infertilidade com recurso a gâmetas de dador e se tornaram pais. Os participantes preencheram um conjunto de questionários numa plataforma online. Resultados: O QMRDG revelou possuir itens claros e de fácil compreensão. Os dados obtidos indicam que a maioria dos pais ainda não contou à criança a sua origem genética devido à reduzida idade da mesma, encontrando-se estes com intenção de revelar. Para os pais que já contaram, das motivações que mais influenciaram esta decisão salienta-se a importância dada à honestidade e ao direito do conhecimento das origens genéticas. Relativamente às motivações para não contar ressalta-se a pouca importância dada à genética. Conclusão: O QMRDG parece constituir um instrumento promissor na prática clínica e na investigação com pessoas que estejam a realizar tratamentos de infertilidade com recurso a gâmetas de dador. Nesta investigação, a tendência indicada pelos pais foi a de contar à criança a origem da sua conceção.
- ItemDesenvolvimento do Questionário de Motivações para Revelar/Não Revelar a Parentalidade Não-Genética por Doação de Gâmetas(Departamento de Investigação & Desenvolvimento do Instituto Superior Miguel Torga, 2017-02) Marques, Cristiana; Galhardo, Ana; Cunha, Marina; Couto, MargaridaIntrodução: A parentalidade constitui um objetivo muito valorizado socialmente, no entanto, para casais com infertilidade este pode implicar a realização de tratamentos de médicos, alguns deles com recurso a gâmetas de dador. Para estes últimos, surge uma preocupação adicional: revelar à criança a origem da sua conceção ou manter segredo. Ainda que as motivações que influenciam este processo de decisão tenham sido alvo de estudo, em Portugal a investigação é escassa. Objetivos: A presente investigação pretendeu desenvolver o Questionário de Motivações para Revelar/Não Revelar a Parentalidade não Genética por Doação de Gâmetas (QMRDG), o qual se destina a avaliar as principais motivações que influenciam o processo de tomada de decisão dos pais que recorrem a gâmetas de dador relativamente a contar ou não contar ao/à seu/sua filho/a a origem da sua conceção. Metodologia: Estudo exploratório conduzido numa amostra de 21 participantes, com idades entre os 30 e os 49 anos, que realizaram tratamento de infertilidade com recurso a gâmetas de dador e se tornaram pais. Os participantes preencheram um conjunto de questionários numa plataforma online. Resultados: O QMRDG revelou possuir itens claros e de fácil compreensão. Os dados obtidos indicam que a maioria dos pais ainda não contou à criança a sua origem genética devido à reduzida idade da mesma, encontrando-se estes com intenção de revelar. Para os pais que já contaram, das motivações que mais influenciaram esta decisão salientase a importância dada à honestidade e ao direito do conhecimento das origens genéticas. Relativamente às motivações para não contar ressalta-se a pouca importância dada à genética. Conclusão: O QMRDG parece constituir um instrumento promissor na prática clínica e na investigação com pessoas que estejam a realizar tratamentos de infertilidade com recurso a gâmetas de dador. Nesta investigação, a tendência indicada pelos pais foi a de contar à criança a origem da sua conceção. / Introduction: Parenting is a highly valued social role. However, for couples dealing with infertility this role can involve fertility treatments, and for some of them donor-assisted reproduction. For couples who use third party reproduction, another concern can emerge: tell the child about the donor conception, or preserve secrecy. Although arguments for decision-making have been studied, in Portugal research on this topic is scanty. Objectives: The current study sought out to develop the Motivations for Disclosing/Not Disclosing Non-genetic Parenthood through Gamete Donation (QMRDG), which is designed to assess motivations that influence the decision-making process of parents who use gamete donation regarding disclosure to his/her son/daughter his/her conception. Methods: This exploratory study was conducted in sample of 21 participants with age ranging from 30 to 49 years, who undergone third-party reproduction treatment and became parents. Participants completed a set of questionnaires through an online platform. Results: QMRDG revealed clear and comprehensible items. Data showed that most parents did not disclose to their child their donor conception due to the fact that the child is still very young, but their intention seems to be to disclose in the future. For parents who have disclosed, core motivations for that decision are based on the importance of honesty and on the right to know genetic origins. Concerning motivations for not disclosing the little importance given to genetics emerges as one of the most important ones. Discussion: The QMRDG can be a promising tool in clinical practice and research with people who are pursuing fertility treatment with gamete donation. In this investigation parent’s tendency was to disclose to child donor conception.
- ItemDo impulsivity and alexithymia predict aggressiveness in institutionalized older adults?(ISPA - Instituto Superior de Psicologia Aplicada, 2022) Espirito-Santo, Helena; Ferreira, Luís André Abreu Paraíso; Vicente, Henrique; Cunha, Marina; Grasina, Alexandra; Daniel, Fernanda; Lemos, LauraResumo: Introdução: A alexitimia e a impulsividade estão relacionadas e predizem a agressividade em adultos mais novos, especialmente em contextos forenses. No entanto, pouco se sabe sobre esta relação em adultos mais velhos, especialmente em contextos de institucionalização geriátrica, onde a agressividade apresenta uma prevalência alta. Assim, o nosso objetivo foi analisar o impacto da impulsividade e alexitimia na agressividade de pessoas idosas institucionalizadas, depois de examinarmos as relações entre essas variáveis. Variáveis relevantes foram controladas nestas relações. Métodos: Noventa e sete participantes institucionalizados (60–94 anos; 70,1% mulheres; 59,8% residentes em estruturas residenciais para idosos) foram avaliados com o Buss-Perry Aggression Questionnaire-SF, Toronto Alexithymia Scale-20 e Barratt’s Impulsiveness Scale-15. Resultados: O nível de agressividade autorreportado foi baixo na nossa amostra. A agressividade correlacionou-se e foi predita pela alexitimia (R2=17.6%; β=0.24, p<.05) e pela impulsividade (R2=17.6%; β=0.34, p<.01). Conclusão: Apesar dos baixos níveis de agressividade (potencialmente explicados pelos níveis de medicação, mais supervisão e mais fragilidade), os nossos resultados com pessoas idosas institucionalizadas demonstram a relevância da alexitimia e da impulsividade para a compreensão da agressividade em adultos mais velhos, juntando-se a estudos anteriores com outros tipos de populações. Nessa linha, fornecemos orientações para estratégias psicoterapêuticas. / Introduction: Alexithymia and impulsivity are related and predict aggressiveness in younger adults, especially in forensic contexts. However, little is known about this relationship in older adults, especially in geriatric institutionalized settings, where aggressiveness presents a high prevalence. Thus, we aimed to analyze the impact of impulsivity and alexithymia in institutionalized older adults’ aggressiveness after examining the relationships between these variables. Relevant variables were controlled for in these relations. Methods: Ninety-seven institutionalized participants (60–94 years, 70.1% women, 59.8% nursing homes’ residents) were assessed with the Buss-Perry Aggression Questionnaire-SF, Toronto Alexithymia Scale-20, and Barratt’s Impulsiveness Scale-15. Results: The self-reported level of aggressiveness was low in our sample. Aggressiveness correlated with and was predicted by alexithymia (R2=17.6%; β=0.24, p<.05) and impulsiveness (R2=17.6%; β=0.34, p<.01). Conclusion: Despite the low levels of aggressiveness (potentially explained by levels of medication, more supervision, and more frailty), our findings with institutionalized older adults demonstrate the relevance of alexithymia and impulsiveness for understanding aggressiveness in older adults, adding to previous studies with other types of populations. We provide directions for psychotherapeutic strategies.
- ItemDoar é Opção? Atitudes face à doação de gâmetas(Instituto Superior Miguel Torga; CINEICC – Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, 2016) Carolino, Nair; Galhardo, Ana; Moura-Ramos, Mariana; Cunha, Marina
- ItemEarly memories of positive emotions and its relationships to attachment styles, self-compassion and psychopathology in adolescence(European Psychiatric Association, 2014-04-06) Cunha, Marina; Martinho, Maria Inês; Xavier, Ana Maria; Espirito-Santo, HelenaIntroduction: Literature has shown that early childhood experiences, especially those related to feelings of threat or safeness play a key role in emotional and social subsequent development. Objectives: (1) examine the impact of early memories of warmth and safeness on quality of attachment in adolescents; (2) Explore the relationship between early positive memories, self-compassion and psychopathology (depressive, anxiety and stress symptoms); (3) Explore the relative contribution of emotional memories and self-compassion in the prediction of depressive and anxiety symptoms. Methods: 651 adolescents (330 boys, 50.7%) aged between 12 and 18 years (M = 15.89, SD = 1.99), completed the early memories of warmth and safeness scale (EMWSS), self-compassion scale (SCS), attachment questionnaire (AQ-C) and anxiety, depression and stress scales (DASS-21). Results: Memories of warmth and safeness showed negative moderate correlations with anxiety and depressive symptoms, and positive moderate association with self-compassion. Additionally, positive emotional memories in childhood revealed adequate discriminant validity for attachment style. Adolescents classified with a secure attachment style showed significantly more early memories of warmth and safeness than those teenagers with insecure attachment (ambivalent or avoidance). Early positive memories and self-compassion have a significant and an independent contribution on the prediction of anxiety and depressive symptoms in adolescent community. Conclusions: The present study shows that the recall of emotional memories in childhood (e.g., feelings of warmth and safeness) is associated with self-compassion, as an emotion regulation process. So, these two variables may function as protective factors in the development of depressive and anxiety symptoms in adolescence.
- ItemO Efeito da Impulsividade, Autoaversão e Autocompaixão nos Traços Borderline na Adolescência: estudo das diferenças entre sexos(Departamento de Investigação & Desenvolvimento, 2020-05-30) Carreiras, Diogo; Castilho, Paula; Cunha, MarinaContexto: A adolescência é uma etapa desenvolvimental com mudanças biológicas, psicológicas e sociais que irão influenciar o funcionamento na idade adulta. A investigação em torno das Perturbações da Personalidade, e em particular da Perturbação Borderline da Personalidade (PBP), tem cada vez mais investido no estudo de traços disfuncionais e inflexíveis em idades precoces, uma vez que é claro que uma Perturbação da Personalidade não se manifesta apenas subitamente na idade adulta. Existe uma trajetória desenvolvimental que deve ser melhor compreendida e explorada. Objetivo: Neste sentido, o presente trabalho teve como objetivo analisar o contributo de processos e mecanismos psicológicos, como a impulsividade, autoaversão e autocompaixão, para a compreensão dos traços borderline na adolescência. Método: Este estudo tem um desenho transversal e uma amostra constituída por 440 adolescentes da população geral (278 raparigas e 162 rapazes), com idades compreendidas entre os 14 e os 17 anos. Com recurso ao SPSS, realizaram-se testes t para amostras independentes, correlações de Pearson e regressões lineares. Resultados: As raparigas, quando comparadas com os rapazes, apresentaram níveis mais elevados de autoaversão, depressão e traços borderline e níveis mais baixos de autocompaixão. Os modelos de regressão hierárquica para testar o poder preditivo da impulsividade, autoaversão e autocompaixão nos traços borderline foram significativos, explicando 46% da variância dos traços borderline em rapazes e 58% nas raparigas, controlando o efeito da depressão. Enquanto que nas raparigas, todas as variáveis apresentaram um contributo significativo (depressão, impulsividade, autocompaixão e autoaversão), nos rapazes apenas a depressão, impulsividade e autocompaixão revelaram poder preditivo. Conclusões: Os dados desta investigação salientam variáveis essenciais para compreender os traços borderline em adolescentes, bem como as diferenças nesses mecanismos psicológicos entre raparigas e rapazes, tendo significativas implicações para a investigação e, sobretudo, para a prática clínica e prevenção.
- ItemAs Emoções à Flor da Pele: estudo de validação da escala de reatividade emocional para a população portuguesa(Departamento de Investigação & Desenvolvimento do Instituto Superior Miguel Torga, 2022-08-03) Santos, Fabiana; Carreiras, Diogo; Lemos, Laura; Cunha, MarinaContexto: A reatividade emocional está associada à apresentação de respostas afetivas intensas e prolongadas a vários estímulos, o que, por sua vez, está relacionado com mais probabilidade de experienciar sintomas psicopatológicos. Objetivo: Realizar a tradução e validação da Emotion Reativity Scale (Escala de Reatividade Emocional, ERE) para português, através do estudo das suas qualidades psicométricas, análise fatorial confirmatória, estabilidade temporal, validade convergente e divergente. Métodos: Participaram 402 adultos da população geral, 275 mulheres e 127 homens, com uma idade média de 40,01 anos (DP = 10,30). A amostra de conveniência foi recolhida online e os participantes preencheram questionários de autorresposta. Resultados: Os modelos do autor original da ERE foram testados e a versão com melhor ajustamento estatístico foi a unidimensional com sete itens (RMSEA = 0,08; CFI = 0,97; TLI = 0,95; SRMR = 0,03). O total da ERE apresentou correlações positivas com traços de personalidade borderline, sintomas depressivos, de ansiedade e de stress e correlações negativas com a qualidade de vida, o que sustentou a validade convergente e divergente da medida. Relativamente à consistência interna, a ERE de sete itens demonstrou um alfa de Cronbach de 0,91. A estabilidade temporal da medida foi comprovada pela correlação forte entre o primeiro e o segundo preenchimento da ERE quatro semanas depois. O género feminino obteve pontuações de reatividade emocional mais elevadas do que o masculino e não houve uma relação significativa entre a ERE e a idade. Conclusões: A versão portuguesa da ERE parece ser uma medida válida e fidedigna para a avaliação da reatividade emocional. Isto é relevante tanto a nível clínico como para a investigação, uma vez que esta medida permite identificar de forma precoce a predisposição dos indivíduos para sentirem as emoções de forma mais intensa, o que está associado a maior probabilidade de experienciar sintomas psicopatológicos. / Background: Emotional reactivity is associated with exhibiting intense and prolonged affective responses to several stimuli, which is related to an increased likelihood of experiencing psychopathological symptoms. Objective: To translate and validate the Emotion Reactivity Scale (ERS) to Portuguese by studying its psychometric qualities, confirmatory factor analysis, temporal stability, and convergent and divergent validity. Methods: In this study participated 402 adults from the general population, 275 women and 127 men, with a mean of 40.01 years old (SD=10.30). The convenience sample was recruited online, and participants completed self-report questionnaires. Results: The original models of theERS were tested and the unidimensional 7-item version was the one with better statistical fit (RMSEA=0.08; CFI=0.97; TLI=0.95; SRMR=0.03). The total ERS showed positive correlations with borderline personality traits, depressive, anxiety, and stress symptoms and negative correlations with quality of life, sustaining convergent and divergent validity. Considering internal consistency, the 7-item ERS version presented a Cronbach's alpha of .91. Temporal stability was supported by the strong correlation between the first and second moments of completing the ERS withina 4-week interval. Females presented higher emotional reactivity scores than males, and there was no significant relationship between the ERS and age. Conclusions: The Portuguese version of the ERS seems to be a valid and reliable instrument for evaluating emotional reactivity. This is relevant at a clinical and research level because this instrument allows the early identification of the predisposition to feel emotions more intensely, which is related to an increased likelihood of experiencing psychopathological symptoms.
- ItemEscala das Experiências Dissociativas para Adolescentes [Adolescent Dissociative Experience Scale](European Psychiatry Association, 2014) Espirito-Santo, Helena; Lopes, Marta; Simões, Sónia; Cunha, Marina; Lemos, LauraCARACTERIZAÇÃO: instrumento de auto-resposta baseado na caracterização da dissociação do DSM que tem como objetivo avaliar as experiências dissociativas em adolescentes. ESTRUTURA E COTAÇÃO: 11 itens respondidos através de uma escala de Likert de 0 (nunca) a 10 (sempre). A pontuação total resulta da soma da pontuação de todos os itens divididos pelo número de itens, variando entre 0 e 10 (dissociação alta) CARACTERÍSTICAS PSICOMÉTRICAS: A consistência interna medida pelo modelo Alfa de Cronbach mostrou um valor de 0,94. A análise fatorial da estrutura da escala revelou uma solução de um fator que explicou 38,8% da variância. A A-DES discriminou entre adolescentes com problemas de saúde mental (M ± DP = 3,89 ± 1,84) e adolescentes saudáveis (M ± DP = 2,06 ± 1,41). PONTO DE CORTE: A análise dos pontos de corte através da Receiver Operating Curve confirmou o valor de 4 determinado por outros estudos. || CHARACTERIZATION: self-response instrument based on DSM dissociation characterization with the objective of evaluating dissociative experiences in adolescents. STRUCTURE AND SCORING: 11 items answered through a Likert scale from 0 (never) to 10 (always). The total score derives from the sum of the scores of all items divided by the number of items, ranging from 0 to 10 (high dissociation). PSICOMETRIC CHARACTERISTICS: The internal consistency measured by Cronbach's Alpha model showed a value of 0.94. The factorial analysis of the scale structure revealed a solution of one factor that explained 38.8% of the variance. The A-DES discriminated between adolescents with mental health problems (M ± SD = 3.89 ± 1.84) and healthy adolescents (M ± SD = 2.06 ± 1.41). CUTOFF SCORE: Receiver Operating Curve confirmed the value 4 determined in other studies.