Serviço Social e Deficiência Mental: a perspectiva subjectiva da qualidade de vida
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Data
2006
Autores
Santos, Maria Emília Ribeiro dos
Rodrigues, Fernanda (Orientadora)
Rodrigues, David (Coorientador)
Título da revista
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Editora
ISMT
Resumo
Explorar a qualidade de vida de jovens com deficiência mental permite abrir caminhos de
reflexão em relação às políticas sociais, aos constrangimentos das instituições e à acção
dos profissionais, nomeadamente dos Assistentes Sociais. O conceito de qualidade de vida
adoptado abrange oito dimensões consideradas fundamentais: o bem-estar físico e
emocional, as relações interpessoais, a inclusão social, o desenvolvimento pessoal, o bem-
-estar material, a auto-determinação e os direitos.
O objectivo do estudo consistiu em avaliar a qualidade de vida de jovens com deficiência
mental ligeira, através da análise comparativa entre dois grupos: um vivendo em contexto
familiar e outro em contexto institucional. O estudo é de natureza exploratória, sendo a
amostra constituída por vinte e quatro jovens, com idades compreendidas entre os
dezasseis e os vinte anos. A informação foi recolhida mediante uma entrevista estruturada,
com base num questionário previamente testado.
Independentemente do seu contexto de vida, estes jovens revelam uma boa percepção da
sua condição física e do seu grau de autonomia e de felicidade. Estão satisfeitos com as
pessoas com quem se relacionam em contexto de trabalho e atribuem níveis semelhantes
de importância e satisfação relativamente ao seu salário. Os jovens que vivem em contexto
familiar consideram que têm mais condições de privacidade e de conforto e que são mais
independentes, confiam mais nas suas capacidades, consideram mais importante o direito à
diferença, revelam-se mais críticos quanto ao local e às regras do trabalho e estão mais
satisfeitos em todas as áreas previstas. Os jovens que vivem em contexto institucional têm
uma percepção mais negativa das relações que estabelecem com pessoas próximas.
Na globalidade, os jovens que vivem em contexto familiar têm uma percepção mais
positiva da sua qualidade de vida do que os que vivem em contexto institucional.
É evidente a necessidade de realização de outros estudos que permitam conhecer melhor
esta realidade, pois só assim será possível encaminhar a acção dos Assistentes Sociais no
sentido da construção de um futuro melhor para todos.
Descrição
Palavras-chave
Serviço Social - Social Work, Deficiência mental - Mental disability, Diferença - Difference, Direitos - Rights, Qualidade de vida - Quality of life