A Solidão e o Auto-Conceito na Idade Adulta e Velhice
A carregar...
Data
2009
Autores
Ferreira, Sandy Lousada
Cunha, Marina (Orientadora)
Título da revista
ISSN da revista
Título do Volume
Editora
ISMT
Resumo
Neste estudo propomo-nos estudar as possíveis diferenças existentes entre a idade
adulta e a velhice ao nível da solidão e do auto-conceito. Analisámos o papel de variáveis
psicossociais específicas e de variáveis psicológicas, como a depressão, ansiedade, stresse
e estilos de coping, sobre a solidão, bem como qual o conjunto de variáveis que melhor
prediz a solidão.
A solidão e o auto-conceito constituem constructos relevantes na vida do ser
humano nas mais variadas formas, interagindo com um grande leque de domínios pessoais
e desempenhando um papel importante na compreensão da psicopatologia.
Nesta investigação participaram 222 sujeitos, com idades compreendidas entre 35 e
90 anos de idade. Para avaliar as variáveis psicológicas pretendidas foi utilizada a Escala
de Solidão da UCLA, o Inventário Clínico de Auto-conceito, a Escala de Depressão,
Ansiedade e Stresse (DASS-21) e o Questionário de Estratégias de Coping (CSQ).
Os resultados indicaram que os indivíduos em idade adulta e na velhice não diferem
na experiência de solidão, embora apresentem diferenças significativas ao nível de autoconceito,
com os idosos a revelarem um pior auto-conceito. São os indivíduos com um
trabalho doméstico, com menor escolaridade, com uma relação conjugal pouca satisfatória,
com um nível sócio-económico baixo, com uma saúde pobre e sem suporte social que
apresentam valores mais elevados de solidão. Na análise da acção conjunta das variáveis, o
auto-conceito e os estilos de coping revelaram-se os melhores preditores da solidão.
Não obstante as limitações reconhecidas, o presente estudo contribuiu para um
melhor conhecimento desta realidade na população portuguesa adulta e idosa.
Descrição
Palavras-chave
Solidão, auto-conceito, estratégias de coping, adultez, velhice