Necessidades, Problemas e Resiliência dos Familiares de Pessoas com Deficiência ou Doença Mental

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Data
2015
Autores
Fonseca, Natália Patrícia Rasteiro
Dixe, Maria dos Anjos Rodrigues (Orientadora)
Gaspar, Marta (Coorientadora)
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Editora
ISMT
Resumo
A família tem um papel fundamental no desenvolvimento das pessoas. É no seio familiar que são transmitidos valores morais, educacionais e sociais que servirão de base no desenvolvimento comportamental de cada um. Porém, quando há uma pessoa com deficiência ou doença mental na meio familiar toda a dinâmica tem tendência a modificar-se. Objetivos: O presente estudo teve como objetivos principais conhecer as necessidades, problemas e resiliência dos familiares de pessoas com deficiência ou doença mental e conhecer os sentimentos, dificuldades em lidar com o familiar e perspetivas futuras consoante cuidam das pessoas com deficiência ou doença mental. Método: A amostra é constituída por 30 familiares, sendo que 11 são familiares de pessoas com deficiência mental e 19 são familiares de pessoas com doença mental. Os familiares participantes responderam a uma entrevista estruturada constituída por dados sociodemográfico; “Family Needs Survey” traduzido e adaptado por Pereira (1996); o Questionário de Problemas Familiares (Versão Portuguesa por Xavier, Pereira, Corrêa e Caldas de Almeida) e a Escala de Avaliação Global da Resiliência (Jardim & Pereira, 2006). Resultados: Os familiares têm em média 50,2±15,9 anos sendo maioritariamente do sexo feminino (56,7%).Verificou-se que em 22 necessidades os familiares de pessoa com doença mental necessitam em média de 8,8±5,9 necessidades e os familiares de pessoas com deficiência mental de 12±4,6, tendo as diferenças significado estatístico. As necessidades menos sentidas pelos familiares são ao nível das finanças. No âmbito dos problemas familiares não há diferenças significativas entre os problemas referidos pelos familiares de pessoas com deficiência mental e pelos familiares de pessoas com doença mental, com exceção da dimensão da sobrecarga subjectiva (p<0,023). Quanto à resiliência existem diferenças significativas nos familiares de pessoas com deficiência mental e familiares de pessoas com doença mental. Os familiares referiram várias dificuldades em lidar com os utentes, principalmente ao nível das alterações de comportamento Conclusão: Os familiares têm necessidades ao nível da informação e apoio social e familiar. Os familiares de pessoas com doença mental têm menos necessidades e são mais resilientes. Os familiares sentem também preocupação quanto ao futuro indicando as instituições como possíveis cuidadores. / The family plays a key role in people development. It is within the family that moral, educational and social values are transmitted and will constitute the basis in the behavioral development of the individual. However, when there is a person with disabilities or mental illness in the family the whole dynamic tends to change. Objectives: The main objectives of the present study were to know the needs, the problems and the resilience of families of people with disabilities or mental illness and to know their feelings, difficulties in dealing with the family member and future perspectives depending on to whom the care is given to, people with disabilities or to people with mental illness. Method: The sample consists of 30 families, of which 11 are family members of people with mental disabilities and 19 are family members of people with mental illness. The participating family members answered a structured interview consisting of socio-demographic data; "Family Needs Survey" translated and adapted by Pereira (1996); the Family Problem Questionnaire (English version by Xavier Pereira, Correa and Caldas de Almeida) and the Global Assessment Resilience Scale (Jardim & Pereira, 2006). Results: on average, the family members are 50,2±15,9 years old, being mostly female (56,7%). It was found that in 22 needs, the relatives of a person with mental illness need an average of 8,8 ±5,9 needs and the relatives of people with mental disabilities 12±4,6, having the differences statistical significance. The patients' relatives less felt needs are at the financial level. Regarding family problems, there are no significant differences between the issues referred by the family members of people with mental disabilities and the families of people with mental illness, except for the dimension of subjective distress (p <0,023). As for the resilience, there are significant differences in family members of people with mental disabilities and family members of people with mental illness. Family members reported several difficulties in dealing with users, especially in terms of behavior changes. Conclusion: Family members have needs for information and social and family support. Family members of people with mental illness have fewer needs and are more resilient. Family members also feel concern for the future indicating the institutions as potential caregivers.
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Palavras-chave
Deficiência mental - Mental retardation, Doença mental - Mental illness, Familiares - Family members, Necessidades - Needs, Problemas - Problems, Resiliência - Resilience
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