Doença Mental, Qualidade de Vida e Sobrecarga na Família
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Data
2015
Autores
Faria, Nádia Catarina de Jesus
Sequeira, Joana (Orientadora)
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Editora
ISMT
Resumo
Objetivo: O presente trabalho pretende avaliar a relação entre a qualidade de vida de
indivíduos diagnosticados com uma doença mental e a sobrecarga familiar suportada pelos
cuidadores.
Metodologia: Neste estudo, participaram 62 indivíduos diagnosticados com uma doença
mental (15 diagnosticados com esquizofrenia, 25 diagnosticados com depressão, 10 com
perturbações de ansiedade e 10 com doença bipolar), em seguimento na Consulta Externa de
Psiquiatria, e 62 familiares cuidadores dos sujeitos doentes. Foram aplicados o Instrumento
de Avaliação da Qualidade de Vida da Organização Mundial de Saúde (WHOQOL-BREF)
(Canavarro et al., 2007) e um questionário de caracterização sociodemográfica e de dados
complementares. Aos familiares foi aplicado o Questionário de Problemas Familiares (QPF)
(Xavier, Pereira, Corrêa, & Almeida, 2002).
Resultados: Os sujeitos diagnosticados com doença mental apresentam uma boa perceção de
qualidade de vida e os seus familiares referem uma sobrecarga relativamente baixa. As
mulheres doentes apresentam uma perceção de qualidade de vida mais baixa, nos domínios
físico e ambiental, em comparação com os homens. Os doentes cujos cuidadores são
mulheres referem melhor qualidade de vida. Não foram, contudo, encontradas diferenças na
perceção de qualidade de vida em função do diagnóstico dos pacientes e da existência de
acompanhamento psicológico.
Conclusões: Esta investigação permite concluir que os indivíduos doentes e seus familiares
são resilientes. Os familiares demonstram atitudes positivas em relação aos cuidados ao
doente. São discutidas possíveis explicações clínicas destes resultados e acerca das práticas
dos profissionais de saúde mental. / Objective: The present work aims to analyse the relation between quality of life of persons
with mental illness and the family burden experienced by their caregivers.
Methodology: 62 individuals with mental illness (15 diagnosed with schizophrenia, 25
diagnosed with depression, 10 with anxiety disorders and 10 with bipolar disorder), followed
in a psychiatric service, and their 62 family caregivers took part in this study. The data
collection consisted of an application of The World Health Organization Quality of Life
Instrument (WHOQOL-BREF) and a questionnare to assess social, demographic and other
clinical data. The family caregivers filled the Family Problems Questionnare (FPQ).
Results: The mentally ill subjects report high perception of quality of life and their caregivers
report low values of family burden. The women diagnosed with mental illness report lower
quality of life – related to physical health and social relationships – comparing to men. The
mentally ill whose caregivers are women report better quality of life. However, no
differences were found in quality of life regarding the diagnostic and the existence of
psychological therapy.
Conclusions: This investigation shows that individuals diagnosed with a mental illness and
caregivers are resilient. The families demonstrate positive attitudes towards mentally ill and
care giving. Possible clinical explanations for these results are discussed and some reflections
of mental health practices by professionals are made.
Descrição
Palavras-chave
Doença Mental - Mental Illness, Família - Family, Qualidade de Vida - Quality of Life, Sobrecarga Familiar - Family Burden, Cuidador - Caregiver