Ansiedade em face da morte em Agentes Funerários
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Ficheiros
Data
2014
Autores
Cabo, Luís José Lourenço de Matos
Farate, Carlos (Orientador)
Título da revista
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Editora
ISMT
Resumo
Ao pensar na morte há um reconhecimento da vulnerabilidade humana e da
própria fragilidade da vida. A morte é universal, mas experienciada de uma forma
individualizada por cada um de nós, a partir da personalidade, experiências de vida,
variáveis pessoais, idade, sexo, religião. Vivenciar a morte e o morrer poderá conduzir a
sensações de medo e ansiedade.
Os agentes funerários que lidam diariamente com a morte e com o “luto” (do corpo
morto e dos familiares em relação ao ente querido que perderam) poderão estar expostos
a sentimentos de ansiedade depressiva pela ativação diária do confronto com a própria
morte, ou com a morte de pessoas a quem estão intimamente ligados.
É objetivo deste estudo avaliar os níveis de ansiedade em face da morte em agentes
funerários, e ainda explorar a eventual associação entre fatores sociodemográficos e
profissionais selecionados e esta variável. A amostra é composta por 60 sujeitos de uma
empresa funerária em Portugal.
Os instrumentos psicométricos utilizados foram a Escala de Ansiedade face à
Morte (DAQ), e um questionário sociodemográfico desenhado para o presente estudo.
Os resultados globais mostram que os Agentes Funerários apresentam níveis de
ansiedade face à morte estatisticamente significativos (M = 35,88; DP = 9,02).
O género, a idade, religião, anos de experiência, estado civil, terem filhos, ter
morrido alguém próximo ou significativo, especificidade de trabalho: ser comercial ou
operacional o número de contatos, não marcam significativamente a forma como os
sujeitos em estudo percecionam a sua ansiedade em face da morte.
Os níveis de ansiedade aumentam entre aqueles que não tiveram formação
específica para lidar com estas situações. / When thinking about death there is recognition of human vulnerability and
fragility of life itself. Death is universal but experienced individually by each of us,
through personality, life experiences, personal variables, age, sex, religion. Experiencing
death and dying can lead to feelings of fear and anxiety.
Funeral Agents who daily deal with death and with the "mourning" (the dead body
and the family of the deceased) may be exposed to feelings of depressive anxiety activated
by the daily confrontation with death itself or death of people who are close to them.
The aim of this study is to assess the levels of anxiety in Funeral Agents when
facing death, and also explore the eventual association of social-demographic and
professional factors with this variable. The sample consisted of 60 subjects of a
Portuguese Funeral company.
The instruments used were the Death Anxiety Questionnaire (DAQ) and a socialdemographic
questionnaire designed for the present study.
The overall results show that Funeral Agents present anxiety levels statistically
significant when facing death (M = 35.88, SD = 9.02).
Gender, age, religion, years of experience, marital status, having children, the
death of someone close or important, and the specificity of the job (commercial or
operational agent), the number of contacts, show no statistically significant association
with anxiety when facing death.
However, the levels of anxiety increase among those who had had no specific
formation to deal with these situations.
Descrição
Palavras-chave
Morte - Death, Agentes Funerários - Funeral Agents, Ansiedade face à morte - Anxiety facing death