Perceção da Dor Crónica e Estratégias Adaptativas em Famílias de Doentes Oncológicos
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Ficheiros
Data
2012
Autores
Pereira, Patrícia Raquel Alegre
Guadalupe, Sónia (Orientadora)
Título da revista
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Editora
ISMT
Resumo
Objetivos: A presente investigação tem como principais objetivos a avaliação da
perceção da dor crónica oncológica por parte de doentes e seus familiares, bem como a
análise da relação entre a dor crónica percebida e as estratégias de adaptação que as
famílias usam para responder à situação de doença e à dor.
Metodologia: Este é um estudo descritivo e correlacional, de análise univariada. Na
recolha dos dados, utilizámos o Family Crisis Oriented Personal Evaluyation Scales (FCOPES)
para verificar a resposta familiar a momentos de crise, o Social Support
Questionnaire - Short Form (SSQ6) para avaliar o suporte social percebido e, por fim, a
Escala Visual Analógica (Eva) para determinar a dor percebida pelo doente e pela
família.
Participantes: A amostra é constituída por 32 familiares de doentes com diagnóstico
de cancro acompanhados na Consulta da Dor do IPOCFG, EPE. Os familiares da nossa
amostra têm em média de 57 anos de idade, 53,1% são do sexo feminino e é composta
por 65,6% de cônjuges. Desta amostra, 28 (87,5%) dos familiares assumem o papel de
cuidadores principais e 21 (65,6%) habitam o mesmo lar.
Resultados: Verificou-se que as famílias possuem uma resposta familiar a momentos
de crise na família e um alto nível de perceção das estratégias de coping. Concluiu-se,
ainda, que os familiares estão satisfeitos com o suporte social (M=30,84) que lhes é
proporcionado. Relativamente à perceção de dor, os resultados sugerem que os
familiares cuidadores pontuam valores mais elevados.
Conclusões: A investigação revela que os familiares usam estratégias de coping, não
sendo estas influenciadas pelo sexo, idade, cuidador, agregado familiar e classificação
de dor. Quanto à perceção da dor fica claro que os familiares compreendem e vivenciam
a experiência da dor de uma forma muito semelhante à do próprio doente, registando os
homens níveis mais elevados de dor percebida quando comparados com os familiares
do género feminino. No entanto, foi possível perceber que o acompanhamento
psicológico deveria ser um aditivo importante e parte integrante do tratamento, visto
que pode proporcionar ao doente uma melhor qualidade de vida e aos seus familiares.
Descrição
Palavras-chave
Familiar, Doença oncológica, Dor, Estratégias de coping