Motivação para Realizar Trabalho Voluntário em Doentes em Desvantagem Social
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Data
2020
Autores
David, Joaquim
Farate, Carlos (Orientador)
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Editora
ISMT
Resumo
O presente trabalho de investigação tem como objetivo refletir sobre os processos de motivação, em particular a teoria da autodeterminação, que subjazem ao voluntariado, especialmente na área da saúde mental. O estudo, que enquadra um total de 12 participantes, 9 (74,97%) do sexo feminino e 3 (24,99%) do sexo masculino com idades entre os 22 e os 85 anos; no estado civil, 8 são solteiros (66,64%), 2 casados (16,66%), 1 viúvo (8,33%) e 1 separado/divorciado (8,33%); com a escolaridade, 3 (24,99%), ensino secundário e 7 (58,33%) ensino superior; na situação laboral atual, 8 (66,33%) têm atividade laboral, 3 são reformados (24%,99) e 1 é estudante (8,33%), concluiu que indivíduos do sexo feminino, os com maior grau de escolaridade, os solteiros/as, bem como os que são ativas laboralmente, apresentaram maiores taxas. A partir da questão de partida; quais os motivos que levam as pessoas a fazerem voluntariado em doentes de fórum mental, fez-se uma fundamentação teórica pertinente, recorrendo ao método qualitativo com a utilização de uma entrevista semiestruturada, cujo teor do conteúdo foi aperfeiçoado em processo de Focus group, cuja a versão final foi, proposta aos participantes selecionados para o estudo. Os dados recolhidos foram tratados através do método da análise de conteúdo, que incluiu a categorização e a codificação das categorias, subcategorias e das unidades narrativas das subcategorias. Os resultados da análise de conteúdo de Bardin (2000), usada para o tratamento de dados recolhidos nas entrevistas, revelam que, na análise das frequências das 15 subcategorias da categoria “motivos”, a subcategoria “vontade/desejo/querer ajudar o outro/alguém/o próximo” aparece 9 vezes na totalidade dos entrevistados, logo em ¾ , que equivale a 75% das entrevistas: 4 vezes nos voluntários em atividade (33,3%), 3 vezes nos ex-voluntários (25%) e 2 vezes nos que nunca foram voluntários, (16,6%), é mencionado como o motivo principal que leva as pessoas a fazer trabalho voluntario na área da saúde mental e psiquiatria e considerando ainda as respostas dos participantes e as subcategorias que as configuram, dão conta de um continuum em que o processo de autodeterminação é central, nomeadamente, a motivação associada à satisfação das necessidades básicas de autonomia, de competência e de realização. Por isso, são claramente aplicáveis no contexto do voluntariado. / The present research work is developed as a qualitative empirical, whose aim is to reflect on the motivation processes that underline volunteering, particularly the area of mental health and psychiatry. Based on a pertinent theorical foundation, the qualitative empirical study resorted to the use of semi-tructured interviews, whose content was improved in a “focus group” process. The final version of the interview was proposed to the participants selected for the study. The interview data were treated using the content analysis method, which includes the categorization and coding of the categories, subcategories and narrative units of each of the subcategories. The results of the content analysis revealed that the subcategories “reasons”, highlighted by the participants in ¾ of the interviews that represents 75% of the total of the interviewees, which led to the formulation of the hypothesis according to which, the reasons that lead people for the practice of volunteering they relate to “the will to help others”, it is the most important motivation for personal involvement in volunteer work in the área of mental health and psychiatry.
Descrição
Palavras-chave
Voluntariado - Volunteering, Motivação - Motivation, Teoria da autodeterminação - Self-determination theory, Saúde Mental e Psiquiatria - Mental Health and Psychiatry