Funcionamento e Resiliência da Família no Contexto da Pandemia COVID-19: estudo com famílias em diferentes circunstâncias socioeconómicas

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Data
2021
Autores
Pereira, Vera Lúcia Mendes
Sequeira, Joana (Orientadora)
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Editora
ISMT
Resumo
Objetivo: Analisar a perceção do funcionamento e da resiliência familiar durante o período da pandemia COVID-19 em sujeitos de famílias com condições socioeconómicas distintas. Metodologia: Participaram um total de 1182 sujeitos pertencentes a famílias a viver em Portugal durante a pandemia COVID-19. O protocolo integra a Escala de Avaliação da Adaptabilidade e Coesão Familiar (FACES IV), o Walsh Family Resilience Questionnaire (WFRQ e o questionário sociodemográfico e de dados complementares referentes à situação COVID-19. Resultados: Os participantes, na generalidade, percecionam as suas famílias como funcionais, coesas e flexíveis, com uma boa comunicação, mas com baixa satisfação. A perceção do funcionamento familiar é distinta consoante o rendimento mensal dos participantes. Os que têm rendimentos mais baixos – entre até 500 e 1000 euros mensais – apresentam uma perceção de coesão, e flexibilidade mais baixas e menor satisfação com a família. Relativamente à perceção da resiliência familiar, os inquiridos percecionam elevada resiliência em todas as dimensões e, em particular, na dimensão sistema de crenças. No entanto, esta perceção varia em função dos rendimentos, sendo que à medida que os rendimentos aumentam a perceção de resiliência também é mais elevada, em todas as dimensões. O nível de preocupação face à situação COVID -19 é mais alto nas dimensões escolar/profissional, financeira, familiar, social e saúde, nos sujeitos pertencentes a famílias rendimentos mais baixos, em comparação com os sujeitos com rendimentos familiares mais elevados. Conclusão: Sujeitos pertencentes a famílias com rendimentos financeiros baixos têm uma perceção de funcionamento familiar menos coeso, flexível e estão menos satisfeitas e percecionam-se como menos resilientes, em comparação com sujeitos pertencentes a famílias com rendimentos mais elevados. / Objective: To analyze the perception of the family functioning and resilience during the period of the COVID-19 pandemic in subjects from families with distinct socio-economic conditions. Methodology: A total of 1182 subjects living in Portugal, during the COVID-19 pandemic, participated in this study. The protocol integrates the Family Adaptability and Cohesion Evaluation Scale (FACES IV), the Walsh Family Resilience Questionnaire (WFRQ), and the sociodemographic and complementary data questionnaire regarding the COVID-19 situation. Results: The participants, in general, perceive their families as functional, cohesive, and flexible, with good communication, but with low satisfaction. The perception of family functioning differs according to the income of the participants. Those with lower incomes - between 500 and 1000 euros per month - have a lower perception of cohesion and flexibility and they are also less satisfied with the family. Regarding the perception of family resilience, respondents report high resilience in all dimensions and, in particular, in the belief systems dimension. However, this perception varies according to income and, as income increases, the perception of resilience is also higher in all dimensions. The level of concern about the COVID -19 situation is higher in the school/professional, financial, family, social, and health dimensions, in subjects belonging to families with lower incomes (500 and 1000 euros per month), compared to subjects with higher family incomes. Conclusion: subjects from families with low financial incomes perceive family functioning as less cohesive, flexible, they are less satisfied and perceive less family resilience.
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Palavras-chave
Covid-19 - Covid-19, Funcionamento familiar - Family functioning, Resiliência familiar - Family resilience, Rendimentos económicos - Economic Incomes
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