Funcionamento familiar, resiliência e coparentalidade: estudo com pais e mães em famílias com e sem divórcio

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Data
2022
Autores
Pereira, Inês Santos
Sequeira, Joana (Orientadora)
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Editora
ISMT
Resumo
Objetivo: O presente estudo pretende analisar o funcionamento familiar, resiliência e coparentalidade em famílias nucleares intactas e famílias que passaram por processo de separação/ divórcio. Metodologia: Participaram nesta investigação 347 pais com idades compreendidas entre os 22 e os 64 anos de idade e que têm, pelo menos, 1 filho a viver consigo em Portugal. Os instrumentos aplicados foram o questionário de dados sociodemográfico e familiares, a Family Adaptability and Cohesion Evaluation Scale IV (FACES-IV), o Walsh Family Resilience Questionnaire (WFRQ) e o Coparenting Questionnaire (QC). Resultados: Os pais e mães em União de facto/ Casados e Solteiros que coabitam com cônjuge e filho(s) percecionam um funcionamento mais equilibrado, uma perceção mais positiva da comunicação, uma maior satisfação familiar, uma perceção de maior resiliência e maiores níveis de cooperação. Nas situações de separação/ divórcio observa-se menor cooperação maior conflito e triangulação dos filhos. Conclusão: conclui-se a necessidade de atender preventiva e clinicamente aos desafios que o divórcio comporta promovendo a coesão e flexibilidade no contexto de crise, de forma a potenciar a sua resiliência e uma coparentalidade funcional e consciente. Sendo o conflito parental um fator deteriorante do bem-estar e adaptação das crianças e dos pais, sublinha-se a importância de intervir diretamente no sentido o gerir de forma positiva e evitar a triangulação das crianças e promover uma cooperação parental. / Objective: The objective of this study was to evaluate family functioning, family resilience and co-parenting in nuclear families and in families that went through a separation process/ divorce. Methodology: In this study participated three hundred forty seven parents (347) with ages between 22 and 64 who had, at least, one child living with them In Portugal. The instruments applied were the socio-demographic and family data questionnaire, the Family Adaptability and Cohesion Evaluation Scale IV (FACES-IV), the Walsh Family Resilience Questionnaire (WFRQ) and the Co-Parenting Questionnaire (QC). Results: Cohabiting couples, married and single who live with their partner and children perceived more balanced functioning, positive communication, higher family satisfaction, greater resilience and higher cooperation levels. Participants that went through a divorce/separation, perceive less cooperation, higher conflict and triangulation of children. Conclusion: This study points the importance of focusing on preventive and clinical interventions to address challenges that the divorce brings, while promoting cohesion and flexibility across crises. The interventions should promote family resilience and functional and conscious co-parenting. As parental conflict is a deteriorating factor in the well-being and adaptation of children and parents, the importance of directly address this families to help them manage it positively an avoid children's triangulation and promoting parental cooperation, is underlined.
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Palavras-chave
Divórcio - Divorce, Funcionamento familiar - Family functioning, Resiliência familiar - Family resilience, Coparentalidade - Co-parenting
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