Publicações Científicas de Psicologia
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- ItemThe “Clinical Interview for Psychotic Disorders” (CIPD): development and expert evaluation(Universidade do Porto, 2015) Martins, Maria João; Carvalho, Célia; Castilho, Paula; Pereira, Ana Telma; Macedo, AntónioBackground: New treatment approaches for psychosis indicate that effective interventions require a therapeutic focus on emotional regulation, cognitive appraisals, and functioning. Efficacy of psychotherapeutic interventions’ evaluation has changed from exclusively assessing symptom frequency/severity to a comprehensive and functional assessment of interference, functioning, and the relationship people have with symptoms. This shift led to new needs in clinical assessment. This study aimed to develop and submit to expert evaluation a new clinical interview for psychotic disorders which considers the new needs of the field. Methods: CIPD was developed by a multidisciplinary team considering the DSM-5 criteria for psychotic and affective disorders. Relevant information was retrieved from leading research in the area of assessment and evaluation of interventions in psychosis. An expert panel of recognized professionals in the main areas of mental health evaluated each question of the interview (5-point Likert scale) regarding pertinence and clarity. Results: A detailed description of CIPD is presented. Results from the experts’ evaluation showed that, overall, the CIPD questions were evaluated as pertinent and clear for the target population. Conclusion: CIPD assesses both diagnosis or presence of psychotic symptoms and symptoms’ psychosocial correlates. Psychotherapy and pharmacotherapy may benefit from CIPD since it may detect subtle changes caused by intervention and changes in areas other than symptom reduction.
- ItemPregnancy and Postpartum Depression (PPD): a non-systematic review assessing the current state of knowledge on PPD(Departamento de Investigação & Desenvolvimento do Instituto Superior Miguel Torga, 2023-05-19) Alves, Cristina; Soares, Luísa; Faria, Ana LúciaObjetivo: A gravidez e a maternidade, embora recompensadoras, podem ser desafiadoras e transformadoras. Os períodos gestacional e pós-parto podem causar várias mudanças, tornando as mulheres suscetíveis a transtornos mentais, como a Depressão Pós-Parto (DPP). Esta revisão teve como objetivo apresentar o estado atual do conhecimento sobre a gravidez e a DPP, com foco na prevenção da DPP em mulheres grávidas com idades entre 20 e 40 anos, bem como na sua prevalência em todo o mundo e em Portugal. Métodos: Foi realizada uma pesquisa não sistemática da literatura utilizando quatro bases de dados: B-on, Scielo, RCAAP e Google Académico. Foram selecionados para análise 100 artigos publicados entre 2002 e 2022. Resultados: Os artigos foram classificados em nove tópicos: Abordagem da Teoria Cognitivo-Comportamental; Fatores de Risco e Proteção; Diagnóstico; Amamentação; Equipes Multidisciplinares; Desmistificação da Gravidez; Impacto da DPP na relação mãe-bebé; Influência da Covid-19; e Sustentabilidade Ambiental. A análise revelou que a pesquisa sobre prevenção é limitada, com estudos existentes focando em intervenção e tratamento, e ênfase nos profissionais de saúde da enfermagem. Conclusões: A literatura atual subestima os possíveis benefícios das equipes multidisciplinares para uma melhor prevenção e apoio às mulheres grávidas em risco. São necessárias mais pesquisas para melhorar as estratégias de prevenção da DPP. / Objective: Pregnancy and motherhood,while rewarding, can be challenging and transformative. The gestational and postpartum periods may cause various changes, making women susceptible to mental disorders like Postpartum Depression (PPD). This review aimed to present the current state of knowledge on pregnancy and PPD, with a focus on PPD prevention in pregnant women aged 20-40, as well as PPD prevalence worldwide and in Portugal. Methods: A non-systematic search of the literature was conducted using four databases: B-on, Scielo, RCAAP, and Google Scholar. One hundred articles published from 2002-2022 were selected for analysis. Results: Articles were classified into nine topics: Cognitive-Behavioral Theory Approach; Risk and Protection Factors; Diagnosis;Breastfeeding; Multidisciplinary Teams; Demystification of Pregnancy; PPD's Impact on Mother-Infant Relationship; Covid-19 Influence; and Environmental Sustainability. The analysis revealed that prevention research is limited, with existing studies focusing on intervention and treatmentand emphasizing nursing health professionals. Conclusions:The current literature overlooks the potential benefits of multidisciplinary teams for better prevention and support for at-risk pregnant women. More research is needed to improve PPD prevention strategies.
- ItemNomofobia na População Portuguesa em Contexto Pandémico: estudo comparativo antes e durante a pandemia COVID-19(Departamento de Investigação & Desenvolvimento do Instituto Superior Miguel Torga, 2022-03-04) Massano-Cardoso, Ilda; Figueiredo, Sofia; Galhardo, AnaContexto e Objetivo: A nomofobia (no mobile phone) é definida como uma fobia da era digital que se traduz num medo excessivo de ficar impedido de usar o telemóvel. No contexto da pandemia COVID-19, observou-se a intensificação do uso das tecnologias de informação e comunicação. Este estudo pretendeu explorar a existência de diferenças nos níveis de nomofobia experienciados durante a pandemia, comparando-os com os evidenciados antes da pandemia. Adicionalmente, procurou-se analisar a relação entre a nomofobia e variáveis como a frequência do uso dos ecrãs na atividade profissional, o recurso ao gerenciador do telemóvel e em que medida a pandemia tornou o uso do ecrã uma prática recorrente. Hipotetiza-se que, em virtude da maioria das atividades ocorrer no domicílio (teletrabalho, aulas online), se observe uma diminuição global da nomofobia. Métodos: Estudo de desenho transversal. Participaram 288 indivíduos da população geral em situação de pandemia e 500 indivíduos de uma amostra recolhida previamente à pandemia. Todos os participantes preencheram online o European Portuguese Version of the Nomophobia Questionnaire. Resultados: Os níveis de nomofobia observados durante a pandemia foram mais reduzidos comparativamente aos do período pré-pandemia. Não se observaram diferenças estatisticamente significativas nos níveis de nomofobia em função do sexo, estado civil ou prática recorrente do uso do ecrã. A nomofobia não se mostrou associada à idade, uso dos ecrãs para efeitos profissionais ou recurso ao gerenciador do telemóvel. Conclusões: Em virtude da maioria das atividades ocorrerem em casa (teletrabalho, aulas online), os níveis de nomofobia observados em situação de pandemia foram mais reduzidos. Estes parecem estar relacionados com a diminuição global do medo de não poder comunicar através do telemóvel, perder conectividade, não poder aceder à informação e recear não ter sinal Wi-Fi ou ficar sem bateria. / Background and Aim: Nomophobia (no mobile phone) is defined as a digital era phobia characterized by an excessive fear of not being able to use the cell phone. In the COVID-19 pandemic context, there was an intensification of information andcommunication technology. The current study aimed to explore differences in nomophobia levels during the COVID-19 pandemic and those evidenced before the pandemic situation. Additionally, we sought to analyze the relationship between nomophobia and variables such as the frequency of use of screens for professional purposes, the use of cell phone management, and to what extent the pandemic made screen use a recurrent practice. We hypothesize that the fact that most of the daily activities took place at home (e.g., teleworking, online classes), there is a global decrease of nomophobia levels. Methods: Cross-sectional study. The sample comprised 288 participants from the general population in a pandemic situation and 500 participants who took part in a survey conducted before the pandemic. All participants completed online the European Portuguese version of the Nomophobia Questionnaire. Results: The nomophobia levels observed during the pandemic situation were lower compared to the pre-pandemic period. There were no statistically significant differences in nomophobia levels by sex, marital status, or recurrent use of the screen. Nomophobia was not associated with age, use of screens for professional purposes, or mobile phone management. Conclusions: Given that most activities occurred at home (e.g., teleworking, online classes), the nomophobia levels during the Covid-19 pandemic were lower. This seems to be related to the global decrease of the fear of not being able to communicate through the smartphone, losing connectivity, not being able to access information and the fear of not having a Wi-Fi signal or running out of battery.
- ItemPortuguese Version of the Firefighter Coping Self-Efficacy Scale: factor structure and psychometric characteristics(Departamento de Investigação & Desenvolvimento do Instituto Superior Miguel Torga, 2022-04-01) Moniz, Soraia; Galhardo, AnaContexto e Objetivo: O presente estudo pretendeu traduzir a Firefighter Coping Self- Efficacy Scale (FFCSE) e explorar a sua dimensionalidade e características psicométricas. Métodos: O estudo de desenho transversal foi autorizado pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e disseminado pelas corporações de diversos distritos. Uma amostra de 155 bombeiros completou online os seguintes instrumentos de autorresposta: Firefighter Coping Self- Efficacy Scale, Comprehensive Assessment of Acceptance and Commitment Therapy Processes, World Health Organization Index-5, Perceived Stress Scale e Patients Health Questionnaire-4. Foi realizada uma análise fatorial exploratória e conduzidos estudos de fidedignidade e validade. Resultados: Os itens da versão portuguesa da FFCSE revelaram, na globalidade, boas características psicométricas, à exceção do item 10 (“Sonhar com ocorrências difíceis”). A estrutura fatorial apurada foi unidimensional. A FFCSE evidenciou uma boa consistência interna e uma associação com as demais variáveis no sentido esperado. Não foram encontradas diferenças nos valores médios da FFCSE entre bombeiros do sexo masculino e do sexo feminino e não se observou uma associação estatisticamente significativa entre a FFCSE e a idade, anos de escolaridade ou tempo de serviço enquanto bombeiros. Conclusões: A FFCSE mostrou ser uma medida unidimensional de perceção de autoeficácia para lidar com as exigências inerentes à atividade de bombeiro. Os resultados sugerem ser um instrumento válido e fidedigno, passível de ser usado em contextos de investigação, de clínica e de formação destes profissionais. / Background and Aim: The current study aimed to translate the Firefighter Coping Self-Efficacy Scale (FFCSE) and explore its dimensionality and psychometric characteristics. Method: This cross-sectional study was authorised by the National Emergency and Civil Protection Authority and disseminated by firefighters' stations from different districts. A sample of 155 firefighters completed online the following self-report instruments: Firefighter Coping Self-Efficacy Scale, Comprehensive Assessment of Acceptance and Commitment Therapy Processes, World Health Organization Index-5, Perceived Stress Scale and Patients Health Questionnaire-4. An exploratory factor analysis was computed, and reliability and validity studies were conducted. Results: The Portuguese version of the FFCSE items revealed, in general, good psychometric characteristics, except for item 10 ("Having dreams about difficult calls"). The factor structure was one-dimensional. The FFCSE showed good internal consistency, and the associations with the other variables were in the expected direction. No differences were found between men and women in the FFCSE mean scores. There was no statistically significant association between the FFCSE and age, years of education or length of service as firefighters. Conclusions: The FFCSE proved to be a one-dimensional measure of perceived self-efficacy to deal with the demands inherent to the firefighter activity. The results suggest that it is a valid and reliable measure, useful in research, clinical and training contexts for these professionals.
- ItemAnsiedade Cognitiva de Provas em Universitários do Brasil: o papel das variáveis sociodemográficas e traços de personalidade(Departamento de Investigação & Desenvolvimento do Instituto Superior Miguel Torga, 2022-05-17) Silva, Paulo Gregório Nascimento da; Araújo, Ramnsés Silva; Araújo, Gleyde Raiane de; Alves, Mateus Egilson da Silva; Medeiros, Paloma Cavalcante Bezerra de; Fonseca, Patrícia Nunes da; Medeiros, Emerson Diógenes deObjetivo: A presente pesquisa objetivou verificar o poder preditivo dos traços de personalidade, controlando o efeito das variáveis sociodemográficas (gênero e período que está cursando), na explicação da ansiedade cognitiva em avaliações. Métodos: Duzentos estudantes universitários de instituições públicas da cidade de Parnaíba, Piauí, (Midade = 23,97), em maioria mulheres (75%) e cursando Psicologia (52,5%) foram avaliados através da Escala de Ansiedade Cognitiva em provas, o Inventário dos Cinco Grandes Fatores da Personalidade e questões sociodemográficas. Resultados: As análises de correlação de Pearson e de regressão linear múltipla hierárquica mostraram que os traços de personalidade conscienciosidade (β = -0,15; p < 0,01), neuroticismo (β = 0,35; p < 0,01) e o gênero do participante (β = -0,19; p < 0,05) contribuem de maneira significativa para a explicação da ansiedade cognitiva de provas acadêmicas, com o modelo explicando cerca de 20% da sua variância. Os resultados sugeriram ainda que a conscienciosidade pode funcionar como um fator de proteção e o neuroticismo um agente de vulnerabilidade de sintomas ansiosos em contextos avaliativos, principalmente em mulheres, não havendo diferença quanto ao período cursado. Conclusões: Os achados enfatizam a importância de serem realizadas propostas psicoeducativas interventivas, particularmente em mulheres com acentuado nível de neuroticismo. / Objective: The goal of the present study was to verify the predictive power of personality traits, controlling for the effect of sociodemographic variables (age, sex, and period being studied) in the explanation of cognitive preoccupation in estimates. Methods: Two-hundred university students from public institutions in the city of Parnaíba, Piauí (Mage = 23.97), most of them women (75.0%) and studying Psychology (52.5%), were assessed with the Cognitive Anxiety Scale, the Big Five Personality Factors Inventory, and sociodemographic questions. Results: Pearson’s correlation and hierarchical multiple linear regression analyzes showed that the personality traits conscientiousness (β = -.15; p< .01), neuroticism (β = .35; p< .01), and the gender of the participant (β = -.19; p< .05) contributed significantly to the explanation of cognitive anxiety of academic tests, with the model explaining 20% of thevariance. Results also suggested that conscientiousness can function as a protective factor and neuroticism an agent of vulnerability to anxious symptoms in evaluative contexts, especially in women, with no difference regarding the period being studied. Conclusions: The findings emphasize the importance of carrying out interventional psychoeducational proposals, particularly for women with high levels of neuroticism.