Fatores Associados Às Fluências Verbais No Idoso Sob Resposta Social do Distrito de Coimbra

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Data
2012
Autores
Caldas, Luísa Catarina Carvalho
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Editora
ISMT
Resumo
Contexto: A fluência verbal (FV) envolve processos complexos e as suas tarefas têm sido um bom indicador de declínio cognitivo, constituindo um forte preditor de demência. A literatura indica que se lhe associam diferentes fatores, mas faltam estudos com idosos portugueses, especialmente institucionalizados, nestes domínios e estudos que definam os aspetos que se lhe associam. Objetivos: Analisar: 1) as pontuações médias das fluências verbais fonémicas (FVF) e semânticas (FVS) e as diferenças pelas variáveis sociodemográficas e pelo funcionamento cognitivo; 2) a relação entre ambas as FV e as variáveis sociodemográficas (idade, sexo, estado civil, escolaridade, profissão e resposta social), controlando o funcionamento cognitivo; 3) a relação entre ambas as FV e variáveis psicopatológicas e emocionais; 4) o papel preditivo das variáveis com as quais encontrarmos associações significativas para as FV. Metodologia: Utilizando uma amostra de conveniência, foram inquiridos 631 idosos, com idades compreendidas entre os 60 e os 100 anos, a maioria era mulher (75,8%); sem companheiro (79,2%); com escolaridade (51,7%) e profissão manual (87,5%). Avaliámos as FV foneticamente (letras P, M, R) e semanticamente (animais e alimentos); o funcionamento cognitivo através do Mini Mental State Examination (MMSE); os sintomas ansiosos através do Geriatric Anxiety Inventory (GAI); os sintomas depressivos através da Geriatric Depression Scale (GDS) e os sentimentos de solidão através da Escala de Solidão (UCLA). Resultado: Os valores médios nas FVF (M ± DP = 11,51 ± 8,76) e nas FVS (M ± DP = 14,56 ± 6,67) aparentam ser baixas. As FVF e FVS relacionam-se com a idade, a escolaridade, a profissão e o funcionamento cognitivo, mas só as FVS se relacionam com o sexo e a resposta social. Comprovámos também que a FVF se correlaciona com a ansiedade e ambas as FV apresentam correlações significativas com o GDS. Os preditores das FVF foram o funcionamento cognitivo e os das FVS foram o sexo e o funcionamento cognitivo. Conclusão: este estudo deu-nos a conhecer o estado em que os idosos institucionalizados se encontram ao nível da FV e permitiu-nos saber que variáveis influenciam as FV. Este conhecimento é importante para a implementação de programas de reabilitação em idosos institucionalizados. / Context: Verbal fluency (VF) involves complex processes and have been a good pointer of cognitive decline and it’s a strong predictor of dementia. The literature indicates that several factors are associated with it, but there are few studies with Portuguese elderly, especially institutionalized, in these fields and studies that define the aspects associated with it. Objectives: To analyze: 1) the average scores of verbal phonemic fluencies (VFF) and semantic (VSF) and differences by sociodemographic variables and the cognitive functioning, 2) the relationship between both VF and sociodemographic variables (age, sex, marital status, education, profession and social response), controlling cognitive functioning, 3) the relationship between both VF and psychopathological and emotional variables, 4) the role of predictive variables with which we find significant associations for VF. Methodology: Using a convenience sample, 631 elderly were surveyed, from 60 to 100 years, the majority were women (75.8%), without a partner (79.2%), with education (51.7 %) and manual occupation (87.5%). We evaluated the VF phonetically (letters P, M, R) and semantically (animals and food); cognitive functioning with the Mini Mental State Examination (MMSE), the anxiety symptoms through the Geriatric Anxiety Inventory (GAI), depressive symptoms through Geriatric Depression Scale (GDS) and the feelings of loneliness through Loneliness Scale (UCLA). Results: The mean values in VFF (M ± SD = 11.51 ± 8.76) and the VSF (M ± SD = 14.56 ± 6.67) appear to be low. The VFF and VSF are related with age, education, occupation and cognitive functioning, but only the VSF relate to sex and social response. We have confirmed that the VFF also correlates with anxiety and both VF presented significant correlations with the GDS. Predictors of cognitive functioning were VFF and the predictors of the VSF were gender and cognitive functioning. Conclusion: This study allowed us to know the current status of the institutionalized elderly at the level of the VF and permitted us to know which variables influence the VF. This knowledge is important for the implementation of rehabilitation programs in institutionalized elderly.
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Palavras-chave
Fluências verbais - Verbal fluencies, Idosos - Elderly
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