Estudo da Comparação Social e Sintomas de Psicopatologia em Função dos Estilos de Vinculação dos Adolescentes

dc.contributor.authorSoares, Joana Isabel Arcanjo
dc.contributor.authorCunha, Marina (Orientadora)
dc.date.accessioned2018-09-06T17:10:51Z
dc.date.available2018-09-06T17:10:51Z
dc.date.issued2013
dc.description.abstractObjetivos: O presente estudo teve como principal objectivo analisar a forma como os indivíduos se comparam com os pares (ranking social) e a presença de sintomas de psicopatologia em função da qualidade dos vínculos afetivos estabelecidos na adolescência. Simultaneamente explorou-se o efeito do género nas variáveis em estudo, bem como o grau de associação entre os estados emocionais negativos (ansiedade, depressão e stress) e o ranking social na adolescência. Método: Na concretização deste objetivo foram recolhidos dados, numa amostra constituída por 174 adolescentes (81 rapazes e 93 raparigas), a frequentar o ensino regular (2º e 3º ciclo do ensino básico), com idades compreendidas entre os 11 e os 16 anos. Para a avaliação das variáveis em estudo foi utilizada a Escala da Vinculação (Attachment Questionnaire for Children - AQ-C; Sharpe et al.,1998) a Escala Revista de Comparação Social (Adolescent Social Comparison Scale – Revised -ASCS-R; Irons & Gilbert., 2005) e a Escala da Depressão, Ansiedade e Stress (Depression, Anxiety and Stress Scale – Dass21; Lovibond & Lovibond, 1995). Resultados: Verifica--se uma diferença significativa entre os 3 grupos de vinculação, relativamente aos valores de ansiedade, depressão e stress, bem como em relação à comparação social. Os adolescentes que apresentam uma vinculação segura com os seus pares mostram níveis mais baixos de sintomatologia ansiosa, comparativamente aos jovens dos grupos de vinculação insegura, quer ambivalente, quer ansiosa. Já em relação aos sintomas de depressão e de stress, os resultados evidenciam que o grupo de vinculação segura se diferencia apenas do grupo de vinculação insegura ambivalente, exibindo, como esperado, valores mais baixos de depressão e de stress. No que respeita à comparação social é encontrado um padrão idêntico, apresentando o grupo de vinculação segura uma comparação com os pares mais favorável e positiva que o grupo de vinculação insegura ambivalente. Os grupos de vinculação insegura não se distinguem entre si nas variáveis em estudo. A variável género não revela um papel significativo uma vez que não se verificam diferenças significativas entre rapazes e raparigas no que respeita aos níveis de ansiedade, depressão, stress, e comparação social. Por último, existe uma correlação negativa entre comparação social e sintomas de depressão associados ao stress. Conclusão: Este estudo permitiu clarificar de que forma os estados emocionais negativos (ansiedade, depressão e stress) e a comparação com os pares podem estar associados entre si, bem como podem variar em função da qualidade da vinculação dos adolescentes com os pares. Em termos de implicações clínicas, nomeadamente no contexto de intervenção, estes dados realçam a importância do envolvimento dos pares, a necessidade de perceber como é que os jovens classificam as suas relações e qual o estatuto que ocupam, de forma a desenvolver outras alternativas de classificação mais ajustadas e funcionais. Assim, estimular o comportamento de cooperação, de partilha e o desenvolvimento de competências interpessoais, que permitam diminuir o funcionamento do jovem em termos de ranking social, poderão ser elementos relevantes no contributo para o bem-estar e qualidade das relações com os outros. / Objectives: The main goal of this study was to assess the way individuals compare themselves with their peers (social ranking) and the presence of psychopathological symptoms based on the quality of affective attachments established in adolescence. At the same time, the influence of gender in the studied variables was also explored. The level of association between negative emotional states (anxiety, depression and stress) and the social ranking in adolescence was also analyzed. Methods: Our study group was composed by 174 adolescents (81 males) attending mainstream schools (2nd and 3rd level of basic education); with ages between 11 and 16 years old. To evaluate the study variables the Attachment Questionnaire for Children – AQ-C; Sharpe et. al, 1998; The Adolescent Social Comparison Scale – Revised-ASCS-R; Irons & Gilbert., 2005 and the Dass; Depression, Anxiety and stress Scale; Lovibond & Lovibond, 1995 were used. Results: A significant difference between the 3 groups of attachments referring to the values of anxiety, depression and stress as in relation to the social comparison was noted. The adolescents with secure attachments with their peers demonstrate lower levels of anxiety related symptoms when compared to the ones with unstable attachments whether it is ambivalent or anxious. Regarding the depression and stress symptoms, the results show that the group with stable attachments differs from the one with ambivalent insecure attachments, in matter of depression and stress, showing as expected lower values. Concerning the social comparison the same pattern was found, where the group with secure attachments shows a more positive and favorable comparison with their peers than the group with ambivalent insecure attachments. The groups with insecure attachments don’t differ from each other when considering the study variables. The gender does not perform a major role, since there was not a significant difference between boys and girls, regarding the anxiety levels, stress, depression and social comparison. Finally there is a negative correlation between social comparison and depression symptoms associated to stress. Conclusion: This study allows clarification of in what way negative emotional states (anxiety, stress and depression) and comparison between peers are linked and how they can vary with the quality of attachments. In what concerns clinical implications, especially in intervention, this data highlight the relevance of the peers involvement, the need to recognize the way adolescent classify their relationships and the place they occupy in order to develop alternative ways of classification more adequate and functional. Therefore to stimulate a cooperative and sharing behavior and the development of interpersonal skills that allows the decrease of the adolescent function in matters of social ranking, might be relevant elements that could contribute for the welfare and quality of relationship with the other.pt_PT
dc.identifier.tid201917807
dc.identifier.urihttp://repositorio.ismt.pt/handle/123456789/903
dc.language.isootherpt_PT
dc.publisherISMTpt_PT
dc.subjectComparação social - Social comparisonpt_PT
dc.subjectVinculação - Attachmentpt_PT
dc.subjectSintomas psicopatológicos - Psychopathological symptomspt_PT
dc.titleEstudo da Comparação Social e Sintomas de Psicopatologia em Função dos Estilos de Vinculação dos Adolescentespt_PT
dc.typemasterThesispt_PT
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