Representações Sociais do Empreendedorismo no Feminino e no Masculino: um estudo com estudantes do ensino superior
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Data
2013
Autores
Silveiro, Catarina Sofia Costa
Monteiro, Rosa (Orientadora)
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Editora
ISMT
Resumo
O desemprego em Portugal, bem como no resto da Europa, tem vindo a contribuir para o fomento da opção pelo empreendedorismo. Assim, tem crescido uma retórica pública que faz do empreendedorismo a solução e enaltece o desenvolvimento de uma cultura de iniciativa empresarial. Envolver as pessoas no empreendedorismo e na criação de negócios parece ser cada vez mais visto como estratégia de desenvolvimento económico e desígnio dos estados nacionais e transnacionais. Contudo, os dados nacionais e europeus indicam, que as mulheres apresentam menor probabilidade de abrirem e desenvolverem um negócio do que os homens (Bosma & Levie, 2009; GEM, 2010). Em todos os países as mulheres representam uma minoria das pessoas que criam negócios ou são detentoras de empresas (OCDE, 2004). É neste sentido que surge o conceito da estereotipia de género. Partindo do pressuposto de Ahl (2002,2006) de que o empreendedorismo é uma atividade geralmente formulada como masculino, o presente estudo tem como objetivo primordial perceber de que forma as representações de género, isto é, as diferenças entre homens e mulheres no que respeita aos seus papéis e características influenciam as conceções de empreendedor e empreendedora. Para analisar as diferenças a nível de representações sociais face ao empreendedorismo feminino e masculino, foi aplicado um questionário a 265 alunos do Instituto Superior Miguel Torga, e posteriormente para a análise dos dados utilizou-se o método do teste de associação livre de palavras. Concluiu-se com este estudo que, os conceitos de homem empreendedor e mulher empreendedora distinguem-se tendo por base a existência de uma estereotipia de género, isto é, a construção destes conceitos baseia-se nas diferenças que existem entre homens e mulheres no que respeita às suas características pessoais ao invés de se terem em conta factores estruturais. / Unemployment in Portugal and elsewhere in Europe, has been contributing to the promotion of the entrepreneurship option. Thus, it has grown a public rhetoric that makes entrepreneurship solution and welcomes the development of a culture of entrepreneurship. Involve people in entrepreneurship and business creation seems to be increasingly seen as economic development and design of national states and transnational strategy. However, national and European data indicate that women are less likely to open up and develop a business than men (Bosma & Levie, 2009; GEM, 2010). In all countries women represent a minority of people who create business or as holding companies (OECD, 2004). In this sense arises the concept of gender stereotyping. Assuming Ahl (2002.2006) that entrepreneurship is an activity generally formulated as a male, this study primarily aims to understand how gender representations, that is, the differences between men and women as regards their roles and characteristics influence the conceptions enterprising and entrepreneurial. To analyze the differences in social representations against the female and male entrepreneurship, a questionnaire was given to 265 students of the Instituto Superior Miguel Torga, and then to analyze the data we used the method of free word association test. It was concluded from this study that the concepts of enterprising and entrepreneurial women are distinguished based on the existence of gender stereotyping, ie, the construction of these concepts is based on the differences between men and women as respect to their personal characteristics instead of taking into account structural factors.
Descrição
Palavras-chave
Empreendedorismo - Entrepreneurship, Estereótipos - Stereotypes, Teste de associação livre de palavras - Free word association test, Feminino - Female, Masculino - Male, Representações sociais - Social representations