Estudo Preliminar de Adaptação e Validação da Escala de Tolerância à Infidelidade: associação com variáveis sociodemográficas, relacionais e de infidelidade, autocriticismo e autocompaixão

dc.contributor.authorDomingues, Andreia Filipa Vaqueiro
dc.contributor.authorMarques, Mariana (Orientadora)
dc.date.accessioned2016-12-20T14:47:50Z
dc.date.available2016-12-20T14:47:50Z
dc.date.issued2016
dc.description.abstractIntrodução: Em Portugal, não encontrámos estudos e instrumentos que avaliassem, para a população portuguesa, a tolerância à infidelidade. Assim, este estudo preliminar teve como principal objetivo avaliar e adaptar para a população portuguesa a Escala de Tolerância à Infidelidade (ETI). Pretendemos também explorar as associações entre a tolerância à infidelidade, diferentes variáveis sociodemográficas, relacionais e relativas à infidelidade, o autocriticismo e a autocompaixão. Método: A amostra ficou composta por 223 participantes (sexo feminino, n = 155; 69,5%), com idades entre os 18 e os 67 anos, que preencheram um protocolo constituído por um questionário sociodemográfico e com questões relacionais e relativas à infidelidade e pela Escala de Tolerância à Infidelidade (ETI), pela Escala de Autocompaixão (SELFCS) e pela Escala das Formas do Autocriticismo e de Autotranquilização (FSCRS). Resultados: A versão adaptada para a população portuguesa da Escala de Tolerância à Infidelidade mostrou apresentar duas dimensões: tolerância à infidelidade sexual e tolerância à infidelidade emocional. Ambas as dimensões revelaram boa consistência interna: tolerância à infidelidade sexual (α = 0,896) e tolerância à infidelidade emocional (α = 0,878). A dimensão tolerância à infidelidade sexual revelou boa estabilidade temporal e a dimensão tolerância à infidelidade emocional muito boa estabilidade temporal. Não se verificaram diferenças nas duas dimensões de tolerância à infidelidade por sexo, embora tenham sido encontradas diferenças em algumas dimensões da SELFCS e da FSCRS. Os participantes casados ou em união de facto apresentaram pontuações mais elevadas na tolerância à infidelidade sexual, por oposição com os solteiros, viúvos, separados e divorciados. Quem relatou não ter tido dificuldade em perdoar uma situação de infidelidade apresentou maior tolerância à infidelidade sexual e emocional, do que quem expressou dificuldade em perdoar. Discussão: A Escala de Tolerância à Infidelidade mostrou possuir boas características psicométricas, pelo que pode ser considerada válida para ser usada como instrumento para a população portuguesa. Este estudo mostrou, também, que estar casado ou coabitar com alguém parece associar-se a maiores níveis de tolerância à infidelidade sexual e que quem tem maior dificuldade em perdoar uma situação de infidelidade, de forma congruente, apresenta menor tolerância à infidelidade. São discutidas hipóteses para os resultados encontrados. / Introduction: In Portugal, we did not find studies and instruments that evaluate tolerance to infidelity for the Portuguese population. Therefore, the aim of this preliminary study was to adapt and validate the Tolerance to Infidelity Scale (TIS) for the Portuguese population. We also aim to explore the associations between the tolerance to infidelity and different sociodemographic, relational and regarding infidelity variables, self-criticism and self-compassion. Methods: The sample consisted of 223 individuals (women, n = 155; 69,5%), with ages between 18 and 67 years old, who filled out a protocol which consisted of a questionnaire with sociodemographic, relational and regarding infidelity questions, as well as the Tolerance Infidelity Scale (TIS), the Self-compassion Scale (SELFCS) and the Forms of Self-criticizing/Attacking and Self-Reassuring Scale (FSCRS). Results: The Tolerance Infidelity Scale adapted for the portuguese population showed two dimensions: tolerance to sexual infidelity and tolerance to emotional infidelity. Both dimensions revealed good internal consistency: tolerance to sexual infidelity (α = 0,896) and tolerance to emotional infidelity (α = 0,878). The tolerance to sexual infidelity presented good temporal stability and the tolerance to emotional infidelity very good temporal stability. Gender differences were not found in dimensions belonging to tolerance to infidelity, however, differences were found in some of the dimensions of SELCS and FSCRS. Participants who were married or in a civil union scored higher in tolerance to sexual infidelity, in contrast with participants that were single, widows, were separated and divorced. Participants who reported not having difficulties in forgiving an infidelity situation, presented higher tolerance to sexual and emotional infidelity, in comparison to who expressed difficulty in forgiving. Discussion: The Tolerance to Infidelity Scale showed good psychometric properties, therefore it can be considered valid to be used as an instrument with the Portuguese population. This study also showed that being married or cohabiting appears to be associated to higher levels of tolerance to sexual infidelity and that people who present a harder time in forgiving an infidelity situation, consequently reveal lower tolerance to infidelity tolerance. Hypotheses about the results that are found are discussed.pt_PT
dc.identifier.tid201726998
dc.identifier.urihttp://repositorio.ismt.pt/handle/123456789/688
dc.language.isootherpt_PT
dc.publisherISMTpt_PT
dc.subjectTolerância à infidelidade sexual - Tolerance to sexual infidelitypt_PT
dc.subjectTolerância à infidelidade emocional - Tolerance to emotional infidelitypt_PT
dc.subjectEscala de Tolerância à Infidelidade - Tolerance to Infidelity Scalept_PT
dc.subjectAutocriticismo - Selfcriticismpt_PT
dc.subjectAutocompaixão - Selfcompassionpt_PT
dc.titleEstudo Preliminar de Adaptação e Validação da Escala de Tolerância à Infidelidade: associação com variáveis sociodemográficas, relacionais e de infidelidade, autocriticismo e autocompaixãopt_PT
dc.typemasterThesis
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