Percorrer por autor "Pimentel, Inês (Orientadora)"
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- ItemAvaliação do Risco de Homicídio em Mulheres Vítimas de Violência entre Parceiros Íntimos: contributos para a reflexão em torno do instrumento Danger Assessment(ISMT, 2024) Marques, Helena Margarida Dinis; Pimentel, Inês (Orientadora)Contexto: O crime de violência doméstica entre parceiros íntimos (VPI) é uma realidade cada vez mais visível em Portugal. Neste contexto, a reincidência é muito elevada e os números de homicídios têm vindo a manter-se uma preocupação nas últimas décadas. Por este motivo, constitui uma preocupação para as estruturas de apoio, como a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, e para os profissionais de saúde mental que prestam auxílio às vítimas. Assim, através deste estudo e similares, pretendemos contribuir para a readaptação e implementação de novas políticas de apoio e de prevenção através do estudo dos fatores de risco associados à ocorrência de homicídio no contexto de violência entre parceiros íntimos. Métodos: A nossa amostra é composta por 132 mulheres vítimas de violência entre parceiros íntimos, que recorreram aos serviços da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, no gabinete de Coimbra, no ano de 2022 e 2023. Para a recolha dos dados foi consultada a plataforma de atendimentos usada pela instituição e o instrumento de avaliação de risco de homicídio Danger Assessment de J. C. Campbell traduzido e adaptado com a autorização da autora por Fonseca, Manita, Saavedra, & Magalhães em 2013. Resultados: A nossa população tem em média 42,33 anos, a maioria tem filhos, 82,3% coabitam com o agressor, cerca de 71,9% ainda mantinham uma relação com o agressor no momento do acompanhamento e cerca de 61,6% da amostra reside numa zona rural. O crime mais registado foi o de violência psicológica com cerca de 93,9% da amostra a identificá-lo e, cerca de 56,4% não apresentaram queixa-crime. Relativamente aos fatores de risco, os mais prevalentes com mais de 50% da amostra a identificá-los são o controlo exercido sobre a vítima, os ciúmes de forma violenta, e a perceção da vítima de que o agressor poderá agir contra si de forma letal e a perseguição. O nível de risco mais prevalente é o nível de risco variável presente em 28% dos casos. As vítimas que se encontravam na fase do ciclo vital da família com crianças dependentes apresentavam menor risco. As ofensas à integridade física simples e os crimes sexuais são fatores de risco que predizem maior risco de homicídio. A média do nível de risco apresenta-se superior nas vítimas que apresentaram queixa-crime. Conclusão: Os resultados adquiridos ilustram a necessidade de aprimorar as políticas de apoio às vítimas de VPI sobretudo no período pós-queixa como fomentar uma maior rapidez na aplicação de medidas de coação e medidas mais gravosas assim como, um investimento em profissionais de saúde mental e da área social para garantir acesso a todas as vítimas. Seria também benéfico maior facilidade ao apoio financeiro e habitacional para as vítimas e seus filhos. A criação de mais serviços de proximidade para facilitar o acesso às vítimas que habitam em zonas mais ruralizadas. Como prevenção são propostas mais ações de sensibilização e o acompanhamento dos filhos das vítimas para quebrar ciclos intergeracionais. Relativamente à avaliação dos risco e aos instrumentos usados para tal considera-se pertinente a complementação dos mesmos com novas ferramentas por exemplo, ferramentas tecnológicas, que potenciem a avaliação do maior número de fatores de risco possíveis. | Context: Intimate Partner Violence (IPV) is an increasingly visible reality in Portugal. In this context, recidivism is very high, and the number of homicides has remained a concern over the past decades. For this reason, it is a matter of concern for support structures such as the Portuguese Association for Victim Support (Associação Portuguesa de Apoio à Vítima - APAV) and for mental health professionals who provide assistance to victims. Through this study and similar ones, we aim to contribute to the adaptation and implementation of new support and prevention policies by studying the risk factors associated with the occurrence of homicide in the context of intimate partner violence. Methods: Our sample consists of 132 women victims of intimate partner violence who sought the services of the Portuguese Association for Victim Support in the Coimbra office in the years 2022 and 2023. For data collection, the service platform used by the institution was consulted, along with the Danger Assessment tool for homicide risk evaluation by J. C. Campbell, translated and adapted with the author's permission by Fonseca, Manita, Saavedra, & Magalhães in 2013. Results: Our population has an average age of 42.33 years, most have children, 80.5% live with the abuser, around 71.5% were still in a relationship with the abuser at the time of assistance, and around 61.6% of the sample resides in a rural area. The most recorded crime was psychological violence, with approximately 93.4% of the sample identifying it, and about 56.4% did not file a criminal complaint. Regarding risk factors, the most prevalent, identified by more than 50% of the sample, are the control exerted over the victim, violent jealousy, the victim’s perception that the abuser might act lethally against them, and stalking. The most prevalent risk level is the variable risk level, present in 28% of cases. Victims in the family life cycle stage with dependent children showed a lower risk. Simple physical assaults and sexual crimes are risk factors that predict a higher risk of homicide. The average risk level is higher among victims who filed a criminal complaint. Conclusion: The results illustrate the need to improve support policies for IPV victims, especially in the post-complaint period, by promoting quicker application of restraining orders and more severe measures, as well as investing in mental health and social professionals to ensure access for all victims. Greater access to financial and housing support for victims and their children would also be beneficial. The creation of more local services to facilitate access for victims living in more rural areas is recommended. In terms of prevention, more awareness campaigns and monitoring of victims' children are proposed to break intergenerational cycles. Regarding risk assessment and the tools used, it is considered relevant to complement them with new tools, for example, technological tools that enhance the assessment of as many risk factors as possible.
- ItemAvaliação do Risco em Violência Doméstica(ISMT, 2025-01) Oliveira, Jorge Alexandre; Pimentel, Inês (Orientadora)A presente investigação tem como objetivo central estudar, analisar e comparar as respostas de vítimas de Violência Doméstica, atendidas numa estrutura de apoio à Vítima, a dois instrumentos de avaliação de risco em utilização em Portugal. Em questão, a Ficha RVD-1L, que é utilizado pelas forças de segurança em Portugal (Guarda Nacional Republicana e Polícia de Segurança Pública) e o Danger Assessment, que é utilizado pelas estruturas de apoio à vítima de Violência Doméstica. Para além disso, é feita uma análise de conteúdo comparativa entre as duas escalas. | The main objective of this research is to study, analyze and compare the responses of victims of Domestic Violence, assisted in a Victim Support Structure, to two risk assessment instruments in use in Portugal. These are the RVD-1L Form, which is used by the security forces in Portugal (National Republican Guard and Public Security Police) and the Danger Assessment, which is used by support structures for victims of Domestic Violence. In addition, a comparative content analysis is carried out between the two scales.
- ItemCasais sem Filhos: perspetiva desenvolvimental, satisfação conjugal e com a vida(ISMT, 2024) Costa, Sandrina Teixeira; Pimentel, Inês (Orientadora)Objetivos: O objetivo principal deste estudo foi contribuir para o conhecimento acerca do funcionamento dos casais sem filhos, independentemente das razões subjacentes, e como esses casais evoluem ao longo do tempo e as forças que identificam em si próprios. Especificamente, o objetivo era identificar crises e mudanças percebidas como importantes no desenvolvimento desses relacionamentos, analisar os motivos pelos quais as pessoas não têm filhos e examinar a satisfação conjugal e a satisfação com a vida, em função da duração da relação e da fase do ciclo vital do casal em que cada pessoa se encontra. Metodologia: O presente estudo é de metodologia quantitativa e de natureza transversal. Participaram nesta investigação 104 sujeitos com idades compreendidas entre os 20 e os 58 anos. Os dados foram recolhidos através de um questionário no Google Forms, que continha respostas abertas e fechadas. Os instrumentos aplicados foram o questionário sociodemográfico, Escala de Ajuste Diádico Revisto (Pereira et al., 2010) e a Escala de Satisfação com a Vida (Baptista, 2011). Resultados: Os resultados revelaram que a maioria dos participantes (48,1%) deseja ter filhos, mas ainda não conseguiu concretizar esse desejo, enquanto que 18,1% optaram por não ter filhos para manter a liberdade pessoal. Em relação aos momentos mais marcantes na trajectória dos seus relacionamentos, os eventos mais frequentemente mencionados foram rituais como pedidos de namoro e casamento (53,8%), seguidos pela decisão de coabitação (47,1%). Quando questionados sobre os recursos e forças dos seus relacionamentos, 75% dos participantes consideraram os valores comuns como o maior recurso, seguidos pelo amor e afeto (37,5%). A análise do ajustamento diádico mostrou altos níveis de consenso em questões religiosas, demonstração de afeto e tomada de decisões importantes. Não encontrámos uma influência significativa do tempo de relacionamento nem da idade dos participantes na satisfação conjugal e na satisfação com a vida. Conclusão: Os resultados demonstram que as razões pelas quais as pessoas não têm filhos são diversas e geralmente relacionadas a desejos ou preferências de estilo de vida que ainda não foram alcançados. Valores comuns e amor são vistos como principais recursos de força, enquanto rituais e coabitação são eventos importantes na trajetória desenvolvimental dos casais sem filhos. A satisfação conjugal e com a vida são elevadas nestes casais e a duração do relacionamento não teve um impacto significativo nestas variáveis, sugerindo que os fatores individuais e contextuais podem ser mais importantes. Ao interpretar os resultados e planear futuras pesquisas, fatores como o tamanho da amostra e o tipo de dados autodeclarados devem ser levados em consideração. | Objectives: The main objective of this study was to contribute to knowledge about the functioning of childless couples, regardless of the underlying reasons, and how these couples evolve over time and the strengths they identify in themselves. Specifically, the aim was to identify crises and changes perceived as important in the development of these relationships, to analyze the reasons why people don't have children and to examine marital satisfaction and satisfaction with life, depending on the duration of the relationship and the stage of the couple's life cycle in which each person finds themselves. Methodology: This is a quantitative, cross-sectional study. A total of 104 subjects aged between 20 and 58 years old took part in the study. The data was collected using a questionnaire on Google Forms, which contained open and closed answers. The instruments used were a sociodemographic questionnaire, the Revised Dyadic Adjustment Scale (Pereira et al., 2010) and the Life Satisfaction Scale (Baptista, 2011). Results: The results revealed that the majority of participants (48.1%) wish to have children but have not yet been able to fulfill this wish, while 18.1% have chosen not to have children in order to maintain personal freedom. With regard to the most significant moments in the trajectory of their relationships, the most frequently mentioned events were rituals such as dating and marriage proposals (53.8%), followed by the decision to cohabit (47.1%). When asked about the resources and strengths of their relationships, 75% of the participants considered common values to be the greatest resource, followed by love and affection (37.5%). The analysis of dyadic adjustment showed high levels of consensus on religious issues, showing affection and making important decisions. We found no significant influence of length of relationship or age of participants on marital satisfaction and life satisfaction. Conclusion: The results show that the reasons why people do not have children are diverse and generally related to desires or lifestyle preferences that have not yet been achieved. Common values and love are seen as the main resources of strength, while rituals and cohabitation are important events in the developmental trajectory of childless couples. Marital and life satisfaction are high in these couples and the length of the relationship did not have a significant impact on these variables, suggesting that individual and contextual factors may be more important. When interpreting the results and planning future research, factors such as sample size and the type of self-reported data should be taken into consideration.
- ItemCuidadores Informais de Pessoas Idosas: níveis de sobrecarga e rede social pessoal(ISMT, 2022) Lopes, Catarina Duarte de Sousa; Pimentel, Inês (Orientadora)Objetivo: Esta investigação pretende caracterizar uma amostra de cuidadores informais familiares de pessoa idosas e estudar o seu nível de sobrecarga e a sua rede social de suporte, bem como a interação destas variáveis e a sua relação com algumas características sociodemográficas destes cuidadores. Metodologia: Participaram nesta investigação 33 cuidadores informais, com idades compreendidas entre os 18 e os 77 anos de idade. Os instrumentos aplicados foram o Questionário Sociodemográfico, o Questionário de Avaliação da Sobrecarga do Cuidador Informal (QASCI, Martins et al. 2003) e a Versão Portuguesa da Escala Breve de Redes Sociais de Lubben (LSNS-6, Lubben, 1988; Versão Portuguesa: Ribeiro et al. 2012). Resultados: A maioria dos cuidadores é do sexo feminino, filhos(as), casados e não são cuidadores únicos. As dimensões do QASCI que apresentam níveis mais elevados de sobrecarga são Implicações na Vida Pessoal e Sobrecarga Emocional. As subescalas que indicam níveis inferiores de sobrecarga são Satisfação com o Papel e com o Familiar, Suporte Familiar e Perceção dos Mecanismos de Eficácia e Controlo. Os sujeitos percecionam a sua rede social de suporte como boa, não existindo risco elevado de isolamento social nesta amostra. A rede social pessoal desta amostra está relacionada com o nível de sobrecarga no que diz respeito à sobrecarga emocional e financeira, à vida pessoal, às reações a exigências e à satisfação com o papel e com o familiar. As variáveis sociodemográficas que influenciam os níveis de sobrecarga desta amostra são a idade do cuidador, o meio de residência, o número de filhos, e o estado civil e as horas de cuidado diário. Conclusão: Este estudo, de natureza exploratória, permite concluir que a rede social de suporte é provavelmente uma importante variável no nível de sobrecarga experimentado pelos cuidadores informais de idosos e que algumas características destes cuidadores, das suas famílias e do ato de cuidar parecem funcionar como fatores protetores da sobrecarga.
- ItemA Perceção da Resiliência Individual e Familiar dos Cuidadores Informais de Pessoas Idosas(ISMT, 2022) Valente, Ana Catarina Soares; Pimentel, Inês (Orientadora)Objetivo: Esta investigação pretende caracterizar uma amostra de cuidadores informais familiares de pessoas idosas e estudar a perceção da resiliência individual do cuidador e a sua perceção da resiliência familiar. Metodologia: Participaram nesta investigação 35 cuidadores informais, sendo que apenas 33 protocolos foram considerados válidos devido aos critérios de inclusão. O protocolo integra o questionário sociodemográfico, a Escala de Resiliência para Adultos (ERA; Friborg et al., 2001; Versão Portuguesa: Pereira et al., 2013) e o Questionário de Resiliência Familiar de Walsh (WFRQ; Walsh, 2015; Versão Portuguesa: Sequeira & Vicente, 2019). Resultados: Embora a maioria dos resultados não seja estatisticamente significativa, as diferenças encontradas apontam que cuidar de pessoas de idade avançada mais dependentes, durante mais tempo, coabitar com o idoso dependente e ter uma fraca rede de suporte, parecem ser indicadores associados a menores níveis de resiliência. Pelo contrário, cuidadores que vivem em famílias multigeracionais, com filhos, mais escolarizados, com maior suporte financeiro parecem ter maiores níveis de resiliência. Conclusão: Este estudo, de natureza exploratória, permite aprofundar o conhecimento geral sobre a resiliência individual e familiar dos cuidadores informais, bem como perceber alguns fatores protetores que diminuem o impacto da tarefa de cuidar e favorecem a resiliência. / Objective: This research aims to characterize a sample of informal family caregivers of the elderly and study the caregiver’s perception of individual resilience and their perception of family resilience. Methodology: Thirty-five informal caregivers participated in this research, with only 33 protocols being considered valid due to the inclusion criteria. The protocol integrates the sociodemographic questionnaire, the Adult Resilience Scale (ERA; Friborg et al., 2001; portuguese version: Pereira et al., 2013) and the Walsh Family Resilience Questionnaire (WFRQ; Walsh, 2015; portuguese version: Sequeira & Vicente, 2019). Results: Although most of the results are not statistically significant, this research indicates that the higher the level of stress/ burden of the adverse stimulus, the greater the wear and, consequently, the lower the resilience of the informal caregiver. The differences found indicate that caring for more dependent elderly people, for a longer period of time, living with the dependent elderly and having a weak support, seem to be indicators associated with lower levels of resilience. On the contrary, caregivers living in multigenerational families, with children, more educated, and with greater financial support seem to have higher levels of resilience. Conclusion: This exploratory study allows to deepen the general knowledge about the individual and family resilience of informal caregivers, as well as to perceive some protective factors that reduce the impact of the care task and promote resilience.
- ItemPerceção do Funcionamento Familiar de Cuidadores Informais de Pessoas Idosas(ISMT, 2023) Geraldes, Teresa Avelina Cossengue; Pimentel, Inês (Orientadora)Objetivos: Esta investigação pretende caracterizar uma amostra de cuidadores informais familiares de pessoas idosas, estudar o funcionamento familiar do cuidador, bem como a interação destas variáveis e a sua relação com algumas características sociodemográficas destes cuidadores. Metodologia: Participaram nesta investigação 35 cuidadores informais, sendo que apenas 33 protocolos foram considerados válidos devido aos critérios de inclusão. O protocolo integra o questionário Escala de Avaliação da Coesão e Flexibilidade Familiar (FACES IV; Goral, Tisel e Olson, 2004, 2006; Versão Portuguesa: Sequeira et al., 2021). Resultados: Apesar dos resultados serem maioritariamente estatisticamente não significativos, compreendemos que o sexo dos cuidadores, o meio onde habitam, o nível de dependência e o facto de terem ajuda ou não para cuidar da pessoa idosa, influenciam o funcionamento familiar. Conclusão: Os resultados deste estudo têm como objetivo contribuir para o planeamento e intervenção junto de cuidadores familiares e profissionais envolvidos na área. Esta investigação, de natureza exploratória, permite aprofundar o conhecimento geral sobre o funcionamento familiar dos cuidadores informais.