Crenças acerca da Violência Interparental numa Amostra da População Geral
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Data
2023-07
Autores
Vieira, Inês Alves
Sequeira, Joana (Orientadora)
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Editora
ISMT
Resumo
Objetivo: Estudar as crenças sobre a Violência Interparental, de uma amostra da população geral, tendo em consideração aspetos sociodemográficos e familiares. Metodologia: O presente estudo é de metodologia quantitativa e de natureza transversal. Participaram nesta investigação 251 sujeitos com idades compreendidas entre os 18 e os 70 anos. Os instrumentos aplicados foram o questionário sociodemográfico e familiar, a Escala de Crenças sobre Violência Interparental (ECVI) e a Escala de Avaliação da Desejabilidade Social (DESCA). Resultados: No geral, os sujeitos têm crenças não legitimadoras da Violência Interparental. Observaram-se diferenças na escala ECVI em função do sexo. Os homens apresentaram crenças mais legitimadoras da VI em relação às mulheres. A desejabilidade social não teve influência significativa nas respostas dos participantes. Conclusão: As crenças sociais sobre a Violência Interparental têm sido pouco estudadas e este trabalho é mais um contributo para a área. Conclui-se que as perceções de homens e mulheres são distintas e que os homens têm crenças mais legitimadoras podendo relacionar-se com estereótipos sociais e históricos sobre a violência no geral. Importa sensibilizar e educar a população para as várias formas de violência e em particular para a VI e os seus impactos nos intervenientes, bem como promover uma abordagem multidisciplinar para a prevenção e intervenção em VI, envolvendo profissionais de várias áreas, como a Psicologia, o Serviço Social, o Direito, a Saúde e a Educação. | Objective: To study beliefs about Interparental Violence, taking into consideration sociodemographic and familial aspects. Methodology: The present study is based on quantitative and cross-sectional methodology. A total of 251 subjects aged between 18 and 70 years participated in this research. The instruments used were the Sociodemographic and Familial Questionnaire, the Interparental Violence Beliefs Scale (ECVI) and the Social Desirability Evaluation Scale (DESCA). Results: In general, subjects hold beliefs that not legitimize Interparental Violence. Differences were observed in the ECVI scale based on gender. Men showed more legitimizing beliefs of VI compared to women. Social desirability did not have a significant influence on the participants' responses. Conclusion: Social beliefs about Interparental Violence have been understudied, and this work adds further contribution to the field. It was concluded that men and women present distinct perceptions, with men having more erroneous beliefs potentially related to social and historical stereotypes about violence in general and more legitimizing beliefs. It is important to raise awareness and educate the population about various forms of violence, particularly Interparental Violence, and its impacts on those involved. Moreover, promoting a multidisciplinary approach involving professionals from various fields such as Psychology, Social Work, Law, Health, and Education is essential for prevention and intervention in Interparental Violence.