No Presente, com Consciência e Compromisso: a flexibilidade psicológica na relação entre reatividade emocional e sintomas psicopatológicos na população portuguesa e brasileira
A carregar...
Ficheiros
Data
2023
Autores
Costa, Priscyla Pereira Carvalho Pires da
Carreiras, Diogo (Orientador)
Título da revista
ISSN da revista
Título do Volume
Editora
ISMT
Resumo
Introdução: A reatividade emocional está relacionada com respostas emocionais intensas e prolongadas perante a diferentes estímulos, o que é um fator de risco para elevados níveis de sintomas psicopatológicos. A flexibilidade psicológica tem sido indicada como um mecanismo psicológico protetor de quadros psicopatológicos. O objetivo deste estudo foi compreender o papel da flexibilidade psicológica na relação entre a reatividade emocional e sintomas depressivos e ansiosos, na população portuguesa e brasileira. Metodologia: Os participantes deste estudo foram 299 adultos da comunidade geral de nacionalidade portuguesa (39%) e brasileira (61%), 209 do género feminino e 90 género masculino. A média de idades de todos os participantes foi de 36.77 (DP = 11.24). O protocolo foi constituído por questionários de autorresposta, respondidos online, e os dados analisados no SPSS (versão 28). Resultados: Não foram encontradas diferenças entre pessoas portuguesas e brasileiras ao nível da reatividade emocional, flexibilidade psicológica e sintomas psicopatológicos. Do mesmo modo, homens e mulheres revelaram resultados semelhantes nas variáveis em estudo. A reatividade emocional apresentou associações positivas com sintomas ansiosos e depressivos, associações positivas com o Piloto Automático e o Evitamento e uma associação negativa com a Ação Valorizada (componentes da flexibilidade psicológica). A flexibilidade psicológica esteve negativamente correlacionada com os sintomas psicopatológicos. Foram realizadas duas regressões hierárquicas, a predizer separadamente sintomas depressivos e ansiosos. Em ambos os modelos, a reatividade emocional e as três componentes da flexibilidade psicológica apresentaram um poder preditivo significativo, explicando 49% dos sintomas depressivos e 35% dos sintomas ansiosos. Conclusão: Pessoas com elevada reatividade emocional tendem a apresentar maior sintomatológica psicopatológica. A flexibilidade psicológica poderá ter um efeito positivo nos sintomas depressivos e ansiosos, quando considerada a reatividade emocional, na população portuguesa e brasileira. | Introduction: Emotional reactivity is related to the presentation of intense and prolonged emotional responses to different stimuli, which is a risk factor for high levels of psychopathological symptoms. Psychological flexibility has been indicated as a protective psychological mechanism for psychopathological disorders. The aim of this study was to understand the role of psychological flexibility in the relationship between emotional reactivity and depression and anxiety symptoms, in the Portuguese and Brazilian population. Methodology: The participants of this study were 299 adults from the general community of Portuguese (39%) and Brazilian (61%) nationality, 209 females and 90 males. The mean age of all participants was 36.77 (SD = 11.24). The protocol consisted of online self-response questionnaires and data was analyzed in SPSS (version 28). Results: No differences were found between Portuguese and Brazilian people in terms of emotional reactivity, psychological flexibility, and psychopathological symptoms. Likewise, men and women showed similar results in the variables under study. Emotional reactivity showed positive associations with anxiety and depression symptoms, positive associations with Autopilot and Avoidance, and a negative association with Valued Action (components of psychological flexibility). Psychological flexibility was negatively correlated with psychopathological symptoms. Two hierarchical regressions were performed, one predicting depression symptoms and one predicting anxiety symptoms. In both models, emotional reactivity and the three components of psychological flexibility showed a significant predictive effect, explaining 49% of depressive symptoms and 35% of anxiety symptoms. Conclusion: People with high emotional reactivity tend to present higher psychopathological symptoms. Psychological flexibility may have a positive effect on depression and anxiety symptoms, when considering emotional reactivity, in the Portuguese and Brazilian population.