Coping, Resiliência e Comprometimento Organizacional em Profissionais que Trabalham com Pessoas com Deficiência/ Doença Mental

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Data
2014
Autores
Pereira, Liliana Filipa Gaspar
Marques, Mariana (Orientadora)
Gaspar, Marta (Coorientadora)
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Editora
ISMT
Resumo
Introdução: A prestação de cuidados de saúde a pessoas com deficiência/doença mental é um serviço indispensável na vida dos indivíduos e das suas famílias. Existem alguns estudos que focam a resiliência e coping de profissionais/cuidadores formais nesta área, mas segundo sabemos, não existem estudos sobre o comprometimento organizacional. Foram nossos objetivos: analisar os níveis de resiliência, coping e comprometimento organizacional (os seus três tipos), em profissionais que trabalham com pessoas com doença/deficiência mental; explorar associações entre estas variáveis (entre si e com variáveis sociodemográficas e profissionais); e explorar os preditores do comprometimento organizacional nesta amostra. Metodologia: 54 profissionais/cuidadores formais de pessoas com doença/deficiência mental (n = 46; 85,2%, sexo feminino; idade média de 44,9, DP = 11,14) preencheram um questionário sociodemográfico, o BriefCOPE, a Escala de avaliação Global da Resiliência e a Escala do Comprometimento Organizacional. Resultados: Os profissionais/cuidadores formais apresentaram um nível de resiliência médio. As estratégias de coping com valores médios maiores foram o Coping Ativo, Planear e Reinterpretação Positiva e a estratégia com valor médio menor foi o Uso de substâncias. A idade, tempo de serviço, Resiliência e Reinterpretação positiva associaram-se ao Comprometimento calculativo. O tempo de serviço e a Resiliência foram preditores deste último. A idade, tempo de serviço, Utilização de suporte instrumental, Religião, Negação e Desinvestimento comportamental associaram-se ao Comprometimento normativo. A idade e a Religião foram os seus preditores. Cuidadores com um familiar com deficiência mental apresentaram níveis maiores de Resiliência e Reinterpretação positiva e menores de Autoculpabilização. Os cuidadores com um familiar com doença mental apresentaram níveis maiores de Reinterpretação positiva e cuidadores com formação em deficiência mental níveis maiores de Autodistração. Discussão: Os níveis médios nas variáveis centrais do estudo parecem confirmar que esta amostra de cuidadores formais/profissionais apresenta um “perfil” psicológico indicado para a prestação de cuidados na área da doença/deficiência mental. Ainda assim, é fundamental que as instituições nesta área se preocupem em assegurar as condições/ambiente promotor de maiores níveis de resiliência e de comprometimento organizacional. / Introduction: The provision of health care to people with mental disease/intellectual disability is an essential service in the lives of the individuals and their families. There are some studies focusing on resilience and coping of professionals/formal caregivers in this area, but according to our knowledge, there are no studies on organizational commitment. Our objectives were: to analyze the levels of resilience, coping and organizational commitment (its different types) in professionals who work with people with mental disease/intellectual disability; to explore associations between these variables (among them and with sociodemographic and professional variables); and to explore the predictors of organizational commitment in this sample. Methodology: 54 professionals/formal caregivers of people with mental disease/intellectual disability (n = 46, 85.2% female; mean age 44,9, SD = 11,14) completed a sociodemographic questionnaire, the BriefCOPE, Global Scale of evaluation of Resilience and Organizational Commitment Questionnaire. Results: The professionals/formal caregivers had a medium level of resilience. Coping strategies with higher average values were Active Coping, Planning and Positive Reinterpretation and the strategy with the lowest mean value was Substance Use. Age, time of service in the institution, Resilience and Positive Reinterpretation were associated with Continuance Commitment. Time of service in the institution and Resilience were predictors of this commitment. Age, time of service in the institution, Use of instrumental support, Religion, Denial and Behavioral disinvestment were associated with Normative commitment. Age and Religion were its predictors. Formal caregivers that had a family member with mental disability had higher levels of Resilience and Positive reinterpretation, and lower values of Self-blame. Caregivers with a family member with mental disease had higher levels of Positive reinterpretation. Caregivers with training in mental disability had greater levels of Self-distraction. Discussion: The mean levels in the main variables studied seem to confirm that this sample of professionals/formal caregivers present a psychological profile indicated for the provision of care in the area of mental disease/disability. Still, it is essential that the institutions in this area are concerned in ensuring conditions that promote higher levels of resilience and organizational commitment.
Descrição
Palavras-chave
Coping - Coping, Resiliência - Resilience, Comprometimento organizacional - Organizational commitment, Doença mental - Mental disorder, Deficiência mental - Mental disability, Profissionais - Professionals
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